Os dados do “Central London Cycling Census”, elaborado pela Transport for London (TfL), mostram como as bicicletas estão a assumir um papel relevante na zona central da capital britânica, aproximando-se dos valores de Amesterdão (cidade onde as biclas representam cerca de 40 por cento do tráfego total).
No pico de trânsito entre as 7 e as 10h00, 24 por cento dos veículos que circulam pelas principais estradas de Londres são, agora, bicicletas. Durante todo o dia, entre as 6 e as 20h00, as bicicletas chegam a representar 16 por cento do tráfego total e, em algumas das principais artérias da cidade, na hora de ponta matinal, as bicicletas chegam a ser 64 por cento dos veículos.
Na London Bridge, assim como em outras pontes (caso das de Waterloo e Blackfriars), os ciclistas chegam a ser metade do total de condutores. Já na ponte de Southwark, no mesmo período, as bicicletas representam 62 por cento de todo o tráfego. Nestas quatro pontes, as biclas são o tipo de veículo singular mais numeroso, chegando mesmo a ultrapassando os carros.
Durante o dia, mais de nove mil ciclistas chegam a atravessar a London Bridge: por hora passam, em média, 660 biclas ou onze por minuto (em ambas as direcções).
Londres vai investir em ciclovias
Na rotunda de Elephant & Castle, o número de ciclistas ultrapassa os 2700, da parte da manhã, numa média de 903 por hora ou 15 por minuto — só na direcção Norte. Os dados excluem os ciclistas que usam a “Cycle Superhighway” em torno de Elephant & Castle, pelo que os números devem ser ainda mais elevados.
Para Andrew Gilligan, o comissário do “mayor” de Londres para o ciclismo, estes números “explicam o porquê de o ‘mayor’ estar a investir 913 mil libras numa ampla rede de medidas para apoiar o ciclismo, incluindo a maior ciclovia urbana substancialmente separada na Europa”.
O levantamento foi feito manualmente em 164 locais diferentes no centro de Londres, num período de duas semanas em Abril de 2013, nos dias úteis.