Deco: Fosfatos no bacalhau sem vantagens para o consumidor

Portugal acabou por votar a favor da proposta europeia que permite o uso de fosfatos na salga.

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Importações de bacalhau reduziram em valor devido à descida do preço do peixe Paulo Pimenta

A associação de defesa dos consumidores questiona “quem fica a ganhar com esta medida”, revelando-se contra “aditivos desnecessários” e defendendo que as decisões da União Europeia devem ser tomadas numa base científica e política, e de forma transparente e justificada.

A utilização de fosfatos no bacalhau, a partir de Janeiro, foi aprovada há uma semana pelo Comité Permanente da Cadeia Alimentar e Saúde Animal da União Europeia, com os votos contra da Croácia e França.

Contrariando a posição anteriormente tomada, Portugal acabou por votar a favor da proposta, mas sem dar ainda explicações.

A DECO reconhece não estar em causa um problema de saúde pública, mas salienta que os fosfatos “podem alterar” o aspecto, a textura e o sabor do bacalhau salgado seco.

“Os portugueses estão perfeitamente identificados com a sua tipicidade e não procuram um peixe com características organolépticas diferentes, ou seja, com uma cor mais pálida, razão avançada para a incorporação de fosfatos, outra textura ou paladar”, acrescenta.

A introdução de polifosfatos no bacalhau da União Europeia prevê excepções para Portugal, segundo esclareceu no início deste mês o Governo, explicando que vai continuar a ser também fornecido peixe sem aqueles aditivos.