Termómetros vão chegar aos 44 graus até domingo

Instituto Português do Mar e da Atmosfera diz que situação se deve manter até segunda-feira devido a massa de ar muito quente. Direcção-Geral da Saúde alerta para perigos do sol

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Marcos Brindicci/Reuters

As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para que os próximos dias continuem a ser de muito calor, com as temperaturas máximas a atingirem valores entre os 38º e os 44º nas regiões do Vale do Tejo e do interior Sul.

No litoral Oeste e no interior Norte e Centro os termómetros vão variar entre os 32º e os 40º e no litoral Sul entre os 27º e os 32º. Para esta sexta-feira o IPMA colocou em aviso laranja 11 distritos: Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja. O aviso laranja é o segundo mais grave de uma escala de quatro e que pressupõe uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.

Com aviso amarelo estão Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Viseu, Santarém e Portalegre. Só Faro está com aviso verde. Também a Direcção-Geral da Saúde (DGS) colocou, por isso, nesta sexta-feira 15 distritos de Portugal continental em alerta amarelo, o segundo mais grave numa escala de três deste organismo, devido à previsão de altas temperaturas, com possíveis efeitos na saúde.

O mesmo organismo apresentará nesta sexta-feira um conjunto de medidas relacionadas precisamente com o calor excessivo que se fará sentir e que pode ser especialmente perigoso para crianças, grávidas, idosos e doentes crónicos. Com excepção de Faro (30ºC), Aveiro (32ºC) e Guarda (34ºC), em alerta verde, o mínimo para o calor, os restantes distritos do território continental vão estar a amarelo, com temperaturas máximas variáveis entre os 35ºC (Viana do Castelo) e os 41ºC (Beja e Évora).

Segundo o site da DGS, os termómetros deverão atingir os 40ºC em Setúbal, Santarém e Castelo Branco. O alerta amarelo de calor significa que, “devido às temperaturas elevadas, pode haver efeitos na saúde”, enquanto o verde corresponde a “temperaturas normais para a época do ano”.

Região anticiclónica

Na quinta-feira, o IPMA explicou, num comunicado, que as altas temperaturas se devem a “uma vasta região anticiclónica”, que “afectará o Atlântico Norte, desde a região a oeste dos Açores até às Ilhas Britânicas, originando o transporte de uma massa de ar muito quente, com uma circulação de leste sobre Portugal continental”.

O IPMA adiantou que as temperaturas máximas e mínimas elevadas deverão continuar até meados da próxima semana, sendo que a partir dessa altura “é menos provável que as temperaturas se mantenham tão elevadas, podendo, no entanto, ainda se manter acima da média”.

Em geral, a DGS recomenda o aumento da ingestão de água ou de sumos naturais sem açúcar e que se evitem bebidas alcoólicas. Nas horas de maior calor é preferível ficar em casa e evitar grandes esforços físicos, assim como a exposição directa ao sol entre as 11h e as 17h.

No dia 15 de Maio, a DGS activou o Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas em articulação com as autoridades de saúde das várias regiões e outros parceiros relevantes para a sua implementação. “O Módulo Calor daquele Plano é um instrumento estratégico, que tem como objectivo promover a protecção da saúde das populações contra os efeitos negativos dos períodos de calor intenso.

Para tal, este Plano baseia-se num sistema de previsão, alerta e resposta apropriada, podendo ser alargado em função das condições meteorológicas”, lê-se num comunicado.