Marcelo: “Governo foi desastroso na negociação com os professores”

Antigo presidente do PSD considera que Executivo não soube tirar partido de "má" decisão da comissão arbitral.

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O conselheiro de Estado entende que, a haver serviços mínimos no ensino, este era o momento Miguel Silva/Arquivo

Marcelo entende que esta greve não é como outra qualquer, dando o exemplo das paralisações nos transportes públicos. “É um dia que vale por um ano [para os alunos que vão fazer exame]. Aqui é decisivo”, afirmou, no seu habitual espaço de comentário na TVI. O antigo líder social-democrata disse que, se fosse um dos professores destacados para vigiar os exames, iria fazê-lo. “Não que o Governo merecesse…” Iria pelos alunos, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa foi muito crítico da forma como o Executivo liderou as negociações com os professores e como as comunicou para fora dos gabinetes ministeriais. “O Governo não soube explicar que tinha recuado na questão das 40 horas, não soube explicar que tinha aceitado negociar a mobilidade especial e não soube tirar proveito da decisão da comissão arbitral”, afirmou.

O conselheiro de Estado entende que, a haver serviços mínimos no ensino, este era o momento, dada a importância do dia para os alunos, e entende ainda que a sugestão da comissão arbitral para adiar os exames de dia 17, segunda-feira, para dia 20 é uma decisão política, ou seja, uma "má" decisão. “Perante isso e perante a hipótese de adiar o exame, como é que o Governo não explicou isso à opinião pública?”

“O Governo explicou-se muito mal e não tirou proveito de uma decisão má”, disse ainda. Para Marcelo, o Executivo perdeu uma oportunidade para deixar o “odioso” para os sindicatos.

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