Presidente eleito do Irão saúda "vitória contra o extremismo"

Hassan Rohani foi eleito à primeira volta e com uma larga margem, para surpresa dos observadores.

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Rohani concentra o apoio dos reformistas ATTA KENARE/AFP
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Festejos nas ruas de Teerão Fars News/Sina Shiri/ REUTERS
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Apoiantes festejam na Praça de Vanak, na capital ATTA KENARE/AFP
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Cartaz de Hassan Rohani BEHROUZ MEHRI/AFP
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Iranianos com fitas roxas em sinal de apoio a Rohani BEHROUZ MEHRI/AFP

As cores de campanha eleitoral de Rohani – que venceu com o apoio dos reformistas e do Movimento Verde – voltaram a pintar o centro da capital, depois de terem sido anunciados os resultados, que deram a Rohani 50,68% dos votos. Houve quem saísse à rua com pequenas fitas roxas no pulso, em sinal de apoio à vitória do único candidato moderado nestas eleições. Nas ruas, ouviram-se slogans de campanha. E balões roxos e cartazes com a fotografia do vencedor multiplicavam-se no meio da multidão em festa.

Para surpresa dos observadores ocidentais e iranianos, Rohani, de 64 anos, venceu – à primeira volta e por uma larga margem – os candidatos conservadores, considerados mais fortes. "Esta foi uma vitória da sabedoria, da moderação e da maturidade contra o extremismo", afirmou o sucessor de Ahmadinejad, que acabou por resolver a eleição sem precisar de ir a uma segunda volta: teve 18,6 milhões de votos.

Em segundo lugar ficou Mohammad Ghalibaf, com 16,5 por cento. Presidente da Câmara de Teerão, era tido como um dos favoritos, beneficiando da experiência de governação, mas acabou por ficar a uma larga distância do vencedor. Depois, com 11,3 por cento dos votos, surge Said Jalili, o candidato "oficial", por ser o favorito do homem que chefia o Estado iraniano, o ayatollah Ali Khamenei.

Hassan Rohani, de 64 anos, é um líder religioso moderado, concentrando em si o apoio dos reformistas. Na corrida à sucessão de Mahmoud Ahmadinejad, apresentou-se com algumas propostas de ruptura com a linha oficial. Prometeu uma carta de direitos cívicos, uma recuperação da economia através de uma política fiscal correcta e o melhoramento das relações diplomáticas e comerciais com o Ocidente, levando Bagher Ghalibaf a acusá-lo de cedência ao Ocidente.

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