Sampaio e Alegre entre 80 personalidades que assinam carta contra fecho da TV grega

Documento "pela democracia e contra o apagão do serviço público de rádio e televisão" foi entregue ao embaixador da Grécia em Lisboa.

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Jorge Sampaio recusa comentar comunicado do Conselho de Estado Sérgio Azenha

Os signatários da carta, com apenas três parágrafos, repudiam o encerramento da ERT de forma abrupta, e lembram que a Grécia se tornou o único país da União Europeia “a suspender o serviço público de comunicação social”, o que classificam como um “claro atropelado da democracia”.

Mais: esta atitude do Governo liderado por Antonis Samaras é uma “inequívoca manifestação de autoritarismo” e aceitar tal situação “é aceitar a premissa e a ameaça da chantagem antidemocrática sobre os meios de comunicação social e a liberdade de imprensa”.

Só a democracia – para a qual o serviço público de TV e rádio “é essencial” – “pode defender os povos europeus contra a austeridade e o autoritarismo”, realçam.

A iniciativa decorreu nos últimos dois dias e conseguiu juntar oito dezenas de nomes conhecidos do grande público, nomeadamente cineastas e outros artistas, académicos, militares, actuais e ex-deputados, jornalistas e outros responsáveis do sector da comunicação social, inclusive da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Entre os signatários encontram-se, por exemplo, os jornalistas Diana Andringa e Fernando Correia (membros do Conselho de Opinião da RTP), Alberto Arons de Carvalho, Estrela Serrano e José Azeredo Lopes (actual e dois ex-membros da ERC), António Pedro Vasconcelos e João Salavisa, Boaventura de Sousa Santos, os deputados Alberto Costa, Alberto Martins, Jorge Lacão, Eduardo Ferro Rodrigues, Inês de Medeiros, José Ribeiro e Castro, Sérgio Sousa Pinto, Luís Fazenda, Cecília Honório; a coordenadora do BE Catarina Martins; os militares de Abril João Villalobos Filipe, Mário Tomé e Vasco Lourenço; assim como o investigador Alexandre Quintanilha ou o escritor Jacinto Lucas Pires.

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