Será a primeira vez que a organização responsável pelo comércio global terá um presidente da América Latina, o que vai de encontro aos desejos de muitos membros da OMC que consideram que o próximo presidente deveria representar ou a América Latina ou África.

Os candidatos da Indonésia, Mari Pangestu, da Nova Zelândia, Tim Groser, e da Coreia do Sul, Taeho Bark, foram convidados a retirar-se da corrida depois de não angariar apoio suficiente dos 159 membros da OMC. Durante as primeiras rondas, foram eliminados representantes do Gana e Quénia. Contudo, considera-se que havendo um presidente da América Latina abrirá as portas para um próximo candidato africano.

A nomeação de Blanco e Azevedo para a última ronda tem suscitado preocupações. Roberto Azevedo é o embaixador brasileiro na OMC, enquanto que Herminio Blanco liderou o México na organização da NAFTA. Alguns consideram Azevedo inexperiente em matérias administrativos. Outros desconfiam da experiência de Blanco em negociações de comércio fora da OMC.

O vencedor, que será escolhido até final de Maio, enfrenta oenorme desafio de restaurar a confiança na capacidade da OMC para negociar um acordo de comércio global. O cargo confere pouco poder executivo, obrigando o seu titular a contar com diplomacia, inteligência e persuasão, observa a Reuters.