Os The Happy Mess são uma banda de amigos para levar a sério

Banda portuguesa actua esta noite no TMN Ao Vivo, em Lisboa.

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Depois do concerto desta noite, a banda vai para estúdio gravar o primeiro álbum DR

Se há área onde poucas regras existem é a música. Sabemos que os concertos servem por norma para apresentar um disco acabado de editar, mas os The Happy Mess vão fazer o contrário - primeiro o concerto e só depois o álbum. Não é por isso de estranhar que muito do material que a banda portuguesa vai apresentar esta noite no TMN Ao Vivo, em Lisboa, seja inédito.

“Não deixa de ser estranho, mas também muito interessante. A verdade é que ainda só temos uma música a rodar e um EP e mesmo assim as pessoas já gostam muito dos The Happy Mess”, diz ao PÚBLICO o guitarrista Gaspar Borges, mostrando-se curioso com a recepção do público à música que ainda não conhece. “É que esta noite vamos apresentar muitas coisas novas”, continua.

E com "muitas coisas novas", Borges está a falar do disco que vão começar a gravar já este domingo e que contará com produção de Fred, dos Orelha Negra. Às lojas é que o álbum só deverá chegar no Verão, mas antes disso haverá com toda a certeza um novo single, garante o músico, e mais concertos. Depois de Lisboa, já há datas marcadas para Coimbra, Monção e Mirandela. E claro, como não podia deixar de ser, também não vão ficar de fora dos festivais de verão, embora não possam ainda revelar mais detalhes.

Foi aliás, nos festivais de verão, mais precisamente no Super Bock Super Rock do ano passado, que a banda ganhou uma nova dimensão. “As coisas foram acontecendo. Começou por um projecto de amigos quando éramos adolescentes, depois voltámo-nos a juntar há cerca de dois anos e meio e percebemos que fazia sentido, que ainda havia espaço”, diz Gaspar Borges, que é também publicitário e que que forma a banda com o pivot da Sic Notícias Miguel Ribeiro, o psicólogo Rui Costa, a arquitecta e bailarina Joana Duarte, o estudante de arquitectura paisagística João Pascoal e Tim, o úinco membro que é músico de profissão.

Trabalharam no material que já tinham, dando uma “nova roupagem às músicas”, criaram novas canções, e no ano passado editaram o EP October Sessions, que lhes valeu o convite para o festival do Meco. “Não estávamos nada à espera, de repente isto deixou de ser uma coisa de amigos e é para ser levado muito a sério, há um maior investimento pessoal”, continua o guitarrista, admitindo que, mesmo assim, não tem ainda noção da popularidade que a banda pode vir a ter.

“Começamos a perceber mais ou menos nos concertos. No início estavam mais amigos e agora notamos que os amigos já são menos do que as pessoas que não conhecemos e que vão porque gostam da nossa música. O Morning Sun está a ajudar-nos muito. Já tem quase cem mil visualizações, o que é bastante”, diz o guitarrista, acrescentando que também as vendas em bilheteira para o concerto desta noite estão a correr muito bem.

Já antes, em Fevereiro, estiveram no Plano B, no Porto, e a recepção não podia ter sido melhor: “Foi muito bom porque percebemos que as pessoas estavam a gostar, mesmo apesar de a sonoridade deste novo material ser ligeiramente diferente da do single”, explica o guitarrista da banda, que tem como influências nomes como os The National, os Arcade Fire ou os Black Keys.

Em relação ao concerto de logo, Borges não abre muito o jogo, mas deixa uma pista: “As nossas músicas acabam sempre com muita intensidade, às vezes sentimos que são coisas mesmo épicas [...]. Não sei se é bom ou mau, é o que é.”



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