O Presidente de Chipre afirmou nesta terça-feira, citado por órgãos de comunicação nacionais, ter "a sensação" de que o Parlamento vai chumbar o plano, justificando essa decisão com o facto de o plano ser "injusto e ir contra o interesse dos cipriotas".

O ministro das Finanças cipriota Michael Sarris negou na terça-feira que tenha renunciado. Sarris, que está em Moscovo, disse à Reuters por SNS não havia "nenhuma verdade" nos relatos que davam cont da sua demissão.

A discussão da proposta no Partalemento já está a decorrer. Em causa está uma taxa de 6,75% para os depósitos entre 20 mil e 100 mil euros e uma taxa de 9,9% para os montantes acima deste valor. As poupanças mais baixas ficam a salvo, mas, neste cenário, o “tratamento diferente” defendido pelos ministros das Finanças da moeda única para salvaguardar os depósitos até aos 100 mil não se verifica.

As declarações do Presidente reforçam a informação que está a circular em vários meios de comunicação nacionais de que o partido do Governo deverá abster-se na votação desta terça-feira, inviabilizando a criação de uma taxa sobre os depósitos ... . ......

Entretanto, circulam rumores de que o ministro das Finanças de Chipre, Micalis Sarris, terá pedido demissão esta terça-feira, a informação acaba de ser desmentida pelo próprio governente.

Micalis Sarris, que se encontra em visita à Rússia, garantiu, em mensagem escrita enviada à Reuters que as informações sobre a sua demissão não eram verdadeiras.

 O parlamento vota esta terça-feira uma taxa sobre os depósitos bancários, no âmbito da plano de resgate do Chipre, situação que está a gerar uma forte crise interna e que pode ter consequências graves, pela fuga de depósitos, noutros países europeus.

A reflectir a incerteza  à evolução da situação no Chipre, o euro está a cair face ao dólar e as bolsas europeias também estão em queda.
 

Notícia actualizada às 18h26: acrescenta declaração do ministro a negar demissão