Ao atingir mais de 14.200 pontos no início das negociações em Wall Street, o índice superou o seu máximo histórico, de Outubro de 2007, e continuou a ganhar valor até ao fim da sessão.

O mercado manteve-se num patamar de negociação alto, beneficiando da subida dos títulos de cotadas industriais e tecnológicas, no mesmo dia em que as estatísticas sobre a actividade dos serviços superaram as previsões dos analistas.

O Dow Jones encerrou a valorizar 0,89% (14.253,77 pontos) e, com isso, acumula um ganho de 8,77% desde o início do ano. Uma sessão positiva registaram também as empresas cotadas no índice tecnológico Nasdaq, que cresceu 1,32% (para 3224,13 pontos) e o S&P 500, que avançou 0,96% (para 1.539,79 pontos).

O movimento de recuperação de Wall Street é, de resto, transversal a outros mercados accionistas, que estão em 2013 a beneficiar de uma procura acrescida.

Com esta subida, a pontuação do índice é cerca de duas vezes superior ao seu valor de Março de 2009, quando atingiu um mínimo histórico de 6.547 pontos.

Dobrar a pontuação em quatro anos é um sinal de confiança na recuperação da maior economia global desde o pico da crise financeira? As opiniões dos analistas divergem, entre os que consideram ser um resultado do clima económico proporcionado pela política de estímulos da Reserva Federal e os que olham com mais cepticismo para este movimento, alertando para a recuperação lenta da maior economia global e os eventuais choques sobre política orçamental.

Para Brian Belski, analista na BMO Capital Markets, este é um sinal de credibilidade nos títulos bolsistas num momento em que as atenções dos investidores estão centradas na evolução da actividade económica, escreve The Wall Street Journal.

Gregori Volokhine, da sociedade Meeschaert, ouvido pela AFP, considera que a consolidação do índice é a prova de que a economia norte-americana está a reagir bem e, ao mesmo tempo, que os títulos em bolsa são um investimento ao qual os investidores estão a regressar. Mas se a economia dos EUA está “hoje mais bem posicionada” do que em 2007, o optimismo dos investidores não é tão grande quanto nessa altura, considerou à mesma agência Art Hogan, da Lazard Capital Markets.