Portugal adopta recomendações da OMS sobre vírus que afecta vias respiratórias
Direcção-Geral da Saúde está atenta mas fala em "risco pequeno" em Portugal.
“Neste momento o risco é pequeno, porque o vírus não está disseminado”, afirmou Graça Freitas, da Direcção-Geral da Saúde, quando questionada sobre a possibilidade do vírus SARS, que afecta as vias respiratórias, chegar a Portugal e quais as respectivas medidas preventivas.
Contudo, Portugal “accionou, naturalmente, os seus mecanismos de vigilância”, traduzidos em alertas aos médicos para estarem atentos a qualquer sintoma e comunicarem de imediato qualquer situação às autoridades de saúde, explicou.
Os clínicos devem “confirmar laboratorialmente” qualquer suspeita e isolarem os doentes, caso de confirme a presença do vírus.
“São medidas de rotina”, frisou, especificando tratar-se de “um reforço” da vigilância. “Não é uma coisa completamente nova. O risco não é elevado”, reiterou.
Das 12 pessoas afectadas noutros países pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), cinco morreram. Na sexta-feira foi avançado que um terceiro membro de uma família foi diagnosticado na Grã-Bretanha com um vírus potencialmente fatal do género da pneumonia atípica (SARS), elevando a 12 o número de casos confirmados em todo o mundo.
Segundo a Agência Britânica de Protecção à Saúde (HPA), a última pessoa a contrair a doença era parente de outros dois casos conhecidos no início desta semana, que foram internados em enfermarias de cuidados intensivos em dois hospitais britânicos. O primeiro membro da família confirmado como tendo o vírus, na segunda-feira, havia viajado recentemente para o Médio Oriente e Paquistão e os seus dois parentes não tinham histórico de viagens recentes. De acordo com HPA, cinco pessoas morreram do vírus - três na Arábia Saudita e duas na Jordânia.
Os coronavírus causam constipações comuns, mas também podem causar a SARS. Em 2003, uma epidemia de SARS matou mais de 800 pessoas quando se expandiu para fora da China, causando alarme na saúde internacional.