Sete mortos no aniversário da revolução egípcia

Confrontos em várias cidades do Egipto. Manifestantes voltaram a pedir "pão, liberdade e justiça social".

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Um manifestante no Cairo Mahmoud Khaled/AFP
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Imagem aérea da Praça Tahrir Mohammed Abed/AFP
A Praça Tahrir voltou a ser o centro da contestação
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A Praça Tahrir voltou a ser o centro da contestação Mohammed Abed/AFP
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Manifestantes gritaram "se fala, mente", sobre Morsi Amr Abdallah Dalsh/Reuters
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Um manifestante no metro do Cairo Mohammed Abed/AFP

“O aparelho [de segurança] do Egipto vai perseguir os criminosos e levá-los à Justiça”, prometei Morsi este sábado. “Eles também estão a fazer o seu melhor para proteger e assegurar as manifestações pacíficas.” No mesmo discurso, o Presidente ofereceu ainda as suas condolências “a todos os egípcios, aos mártires no Suez e ao polícia que foram vítimas de uma violência feia”.

Segundo a televisão estatal e o diário estatal Al Ahram, vários manifestantes e um soldado morreram na cidade portuária de Suez, em confrontos com a polícia, nas imediações da sede do governo municipal. Cerca de 250 pessoas terão ficado feridas em todo o Egipto.

Estes foram os incidentes mais graves, no dia em que os egípcios saíram à rua para assinalar a data da revolução popular, que culminou com a deposição de Hosni Mubarak, e para exigir reformas ao Governo chefiado pelo islamista Mohammed Morsi, fortemente contestado. Exigem a fixação de um salário mínimo e a suspensão da nova Constituição.

Morsi recomendou que a população festejasse o fim do antigo regime “de uma forma pacífica e civilizada” e que salvaguardasse "as instituições e a segurança” do país.

Só que os ânimos exaltaram-se em várias cidades, a começar pelo Cairo, onde manifestantes tentaram derrubar as barreiras de acesso ao palácio presidencial. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo e desmantelou as tendas dos manifestantes na Praça Tahrir.

A oposição liberal, que acusa o Presidente de ter traído a revolução, convocou um grande comício para a Praça Tahrir, utilizando as palavras de ordem “Pão, liberdade e justiça social”, repetidas durante os protestos de Janeiro de 2011.

Em Davos, no Fórum Económico Mundial, o primeiro-ministro, Hisham Qandil, pediu aos egípcios que voltassem ao trabalho. “Trabalhem muito por vocês mesmos, pelo vosso povo, pela vossa família – porque é a única forma de alcançar as aspirações da revolução egípcia.”

Notícia actualizada às 8h45 de 26 de Janeiro

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