Mota Amaral considera que “Portugal está assustado”

O actual deputado pelos Açores defende que há "outros caminhos que é preciso apontar" para que não se entre numa "corrida louca para o abismo".

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Antigo líder açoriano quer ver o partido mais empenhado na afirmação da região. Foto: Daniel Rocha

“Neste momento Portugal está assustado e é por isso que é preciso também que os sociais-democratas dos Açores, mantendo a sua identidade que sempre foi uma marca respeitada nas fileiras do PSD, também ergam a voz”, afirmou Mota Amaral, na sua primeira intervenção no XX congresso dos social-democratas açorianos, que decorre até domingo.

Para Mota Amaral, há “alertas” que “é preciso deixar no momento certo e na hora certa”, alegando que existem “outros caminhos que é preciso apontar” para que “não nos fixemos numa espécie de corrida louca para o abismo”.

“Sabemos a origem dos males que o nosso país enferma, que resultam destes 15 anos de desgoverno do PS que tem a sua origem no guterrismo”, apontou o deputado, para quem o PSD deve “encaminhar o país para a solução dos problemas”, mas “sem desresponsabilizar os socialistas” que “negociaram o famoso acordo da troika”, pelo que, disse, “é preciso amarrá-los ali”.

Elogiando o discurso da sessão de abertura do líder do PSD-Açores, o antigo chefe do Governo regional alertou para a necessidade do partido “manter sempre o dinamismo e uma fortíssima afirmação açoriana”, frisando que “é aí que está a força do partido e é aí que se deve apostar”.

“Não temos maioria na Assembleia Regional. Mas temos a posição importantíssima de sermos o maior partido da oposição e também é preciso manter esta intimidade e proximidade com os açorianos e transmitir as suas aspirações”, frisou. Mota Amaral acrescentou ainda que é preciso apostar “nesta fortíssima afirmação açoriana” que “é onde está a raiz do PSD” para “levar de novo o partido à vitória”.