Era impossível fazer uma sequela de Valquíria, mas talvez já se pudesse fazer copy & paste do porte de herói de acção “aristocrata” que Tom Cruise aí envergava (recorde-se: Cruise era Stauffenberg, e o filme, feito por Bryan Singer, retratava a anti-hitleriana conspiração de Julho de 44). Dá a ideia de que a aposta de Jack Reacher, escrito e realizado pelo argumentista de Valquíria, passa por aí, e é razoavelmente ganha. Não há “aristocracia”, claro (é a América...), mas há um certo porte, distante, seco, quase robótico, sem espaço para rodriguinhos sentimentais. Que combina bem com o pragmatismo da direcção de McQuarrie para fazer de Jack Reacher um exemplar de cinema de acção sólido e rotineiro, no melhor (ou quase no melhor) sentido da palavra “rotineiro”. Reflexo ainda do esforço que Cruise tem envidado para não ser irritante - desígnio, como sabemos, de difícil concretização, que merece ser louvado sempre que logrado.
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