Acordo de princípio com Meo e Zon para ter Sporting TV no ar a partir de Agosto
Os dirigentes "leoninos" garantem que o canal sportinguista será sustentável financeiramente.
“Falou-se na hipótese de 1 de Junho, aniversário do Sporting [na verdade é a 1 de Julho], mas, como nessa data quase toda a gente entra de férias, as operadoras apontam o início de Agosto como a melhor altura”, disse o responsável pela área de comunicação do Sporting, para quem o objectivo é “concluir todos os trabalhos até ao final do primeiro semestre de 2013 e começar a emitir o canal no terceiro trimestre”.
Quanto ao acordo de princípio já existente entre o Sporting e as operadoras Meo e Zon, Rui Paulo Figueiredo revelou que aquele “será formalizado muito em breve” e que decorrem “reuniões de trabalho e negociações com outras plataformas, nomeadamente Cabovisão, Vodafone e Optimus”, para a emissão do canal de televisão do clube.
A gestão deste ficará a cargo de uma empresa que foi criada no final de 2012, a “Sporting Com”, que “suportará a operação do canal e de todas as áreas de comunicação do universo Sporting” e à qual caberá “avançar com o pedido de licença para emitir” à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC).
Os estúdios e a redacção funcionarão no complexo do Estádio de Alvalade, mas estão definidos outros pontos de emissão, a partir do pavilhão multiusos de Odivelas e da Academia de Alcochete.
“Em Alvalade vai ser montado um grande estúdio, desdobrado em dois espaços de emissão, e provavelmente um terceiro na zona dos camarotes, com vista para o estádio. Quanto a Odivelas e Alcochete, a ideia é criar condições para que seja possível fazer directos a partir desses espaços”, revelou Rui Paulo Figueiredo.
No que diz respeito ao período em que o canal irá para o ar diariamente, o dirigente “leonino” admite que o mesmo se prolongue por 24 horas: “A ideia é emitir quatro a seis horas de programação nova por dia, sendo o horário restante preenchido com repetições para sustentar a emissão o dia todo. Aos fins de semana, a programação subirá exponencialmente com as transmissões em directo das várias modalidades”.
Um aspecto importante prende-se com a sustentabilidade financeira do canal, que será auto-suficiente nesta vertente, porque irá assentar em receitas angariadas com os contratos assinados pelo Sporting com as operadoras de cabo.
“Só avançamos com as receitas contractualizadas para o triénio. Por isso é que foi criada uma empresa para gerir o canal, que terá autonomia financeira. Queremos custos de operação e investimento que sejam suportados pelas receitas fixas já contractualizadas”, revelou Rui Paulo Figueiredo, para quem o objectivo é “criar um canal que não seja deficitário”.
Além das receitas contractualizadas com as operadoras, há outra expectável, proveniente da publicidade, a qual, pese embora “o carácter variável” de que se reveste, será “outra fonte de receita a acrescentar” para o canal do clube.
Rui Paulo Figueiredo negou, todavia, qualquer parceria neste projecto com a PPTV, de Joaquim Oliveira: “Todos os conteúdos informativos e a parte da produção serão assegurados com meios do Sporting, em termos de recursos humanos. Quanto às áreas técnicas, os recursos alocados, quer técnicos quer humanos, sê-lo-ão através de `outsourcing´, pelo que já consultámos seis empresas para apresentarem propostas”.
Segundo o dirigente “leonino”, entre essas empresas figuram a Iberdel, a Media Luso e a Move Ligth e os equipamentos necessários para a gestão técnica do canal “serão adquiridos” através de “leasing” e “outsourcing”.