EDP recebe novo financiamento de mil milhões de euros do China Development Bank em 2014

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EDP vai receber o segundo financiamento Foto: Joana Freitas / PÚBLICO

Em declarações à margem da conferência de imprensa que assinalou o primeiro aniversário da entrada da China Three Gorges (CTG) no capital da Energias de Portugal (EDP), Nuno Alves, administrador financeiro da energética, avançou que, depois de ter recebido um financiamento de mil milhões de euros do China Development Bank em Julho, a empresa portuguesa beneficiará de novo empréstimo de mil milhões de euros “no princípio de 2014”.

Estas duas linhas de crédito tinham sido englobadas no acordo que levou à venda de 21,35% do capital da Energias de Portugal (EDP) detido pelo Estado português à CTG, em Dezembro de 2011.

Hoje, no evento do Museu da Electricidade, foi assinado um outro empréstimo no montante de 800 milhões de euros, concedido, neste caso, pelo Bank of China, que já tinha sido anunciado em Outubro.

“A EDP merecer a confiança do maior banco chinês é um sinal muito importante para o futuro da empresa”, sublinhou Cao Guangjing, presidente da CTG, realçando que este financiamento é concretizado “num momento difícil”.

Considerando que esta operação de crédito do Bank of China é “muito inteligente”, já que revela que a instituição financeira “percebe o futuro da EDP e confia na empresa e no seu futuro”, Cao Guangjing agradeceu ao Bank of China na qualidade de accionista maioritário da empresa portuguesa.

Por seu turno, quer Eduardo Catroga (presidente do conselho geral e de supervisão da EDP), quer António Mexia (presidente executivo do conselho de administração da energética) sublinharam a importância deste financiamento para a vida da empresa.

“Estamos num ciclo muito positivo em termos de financiamento”, assinalou António Mexia, sublinhando que a empresa não tem necessidades adicionais de financiamento durante os próximos três anos, para o que também contribuiu a emissão recente de dívida da empresa.

A eléctrica foi a primeira empresa portuguesa a regressar aos mercados de dívida desde o resgate financeiro, colocando 750 milhões de euros em obrigações a cinco anos.