Proprietários repudiam fim da cláusula salvaguarda no IMI

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ALP manifestou repúdio pela eliminação da cláusula de salvaguarda no IMI

“Cinco milhões de proprietários de prédios urbanos em Portugal, muitos dos quais ainda a pagar a sua casa ao banco, vêem-se em risco de perder o esforço de toda uma vida com a subida brutal do IMI no próximo ano e a eliminação, anunciada hoje pelo ministro das Finanças [Vítor Gaspar], da respectiva cláusula de salvaguarda”, indicou a ALP em comunicado enviado à agência Lusa.

Em 2013, “a taxa de IMI será agravada em 25 por cento”, explicaram os proprietários de Lisboa, acrescentando que a isso “acresce uma reavaliação geral dos valores patrimoniais dos prédios, feita de modo atribulado e com o único propósito de aumentar a receita fiscal, que, em alguns casos, conduziu a aumentos de mais de 8.000 por cento”.

Segundo a direcção da ALP, por estar “consciente da violência do aumento de impostos sobre a propriedade” é que “o Governo assegurou uma cláusula dita de salvaguarda, destinada a limitar nos próximos dois anos o seu impacto”, mas, “antes mesmo de a aplicar”, eliminou-a, “faltando à sua palavra e não se importando com as dramáticas consequências sociais que irá causar”.

No próximo ano -- vaticinou -, “os portugueses irão assistir a um brutal aumento de casas entregues ao banco ou ao fisco, pela incapacidade dos seus proprietários pagarem este encargo”.

“Pelas consequências desta gravíssima queda de palavra e pelas consequências que irá implicar”, a ALP “responsabiliza desde já o Governo”, remata aquela entidade.