William e Kate processam revista que publicou fotos da duquesa em topless
O casal, segundo na linha de sucessão da coroa britânica, vai pedir a um juiz francês que ordene à revista Closer, que primeiro publicou as fotografias tiradas por uma paparazza, a recolha dos exemplares e a remoção das imagens do seu site na Internet. O caso será apresentado ainda esta segunda-feira no tribunal Nanterre, nos arredores de Paris.
A queixa referirá, de acordo com as informações recolhidas pelo jornal The Guardian e pela televisão BBC, a proibição de publicação noutros meios de comunicação social. O que já aconteceu. A revista italiana Chi, que pertence ao grupo de media de Silvio Berlusconi (a Closer é publicada pela Mondadori, que também pertence a Berlusconi) publicou uma edição especial com 18 fotografias de William e Kate quando estavam de férias no Sul de França, numa propriedade privada pertença de um primo do príncipe, lord Linley. Estas 18 fotografias são, no essencial, idênticas às que já tinham sido divulgadas, e mostram o casal a tomar banhos de sol junto a uma piscina. A dado momento, a duquesa de Cambridge retira a parte de cima do bikini.
O Palácio de St. James, a sede da corte inglesa e, por isso, representa os interesses do casal, considerou a tomadas das imagens um acto criminoso de "invasão de privacidade". Como indemnização,e caso as revistas não sejam retiradas das bancas, serão pedidos cem mil euros. Outro tanto é exigido caso as fotografias permaneçam na Internet ou sejam (como já foram) vendidas a outras publicações. O Irish Daily Star publicou também as imagens, apesar de os co-proprietários britânicos terem pedido para não o fazer. Na Grã-Bretanha, os jornais e as revistas não o fizeram.
De acordo com a legislação francesa sobre violação de privacidade, a Closer poderá ser condenada a uma multa adicional de 45 mil euros e o seu editor pode ser condenado a um ano de prisão. Os duques querem ainda que a autoar das fotografias seja punida e o Daily Mail avançou tratar-se de Valerie Suau.
O editor da Chi, Alfonso Signorini, twitou no fim-de-semana - e de acordo com o Guardian -que não deixaria de publicar as imagens "nem que a rainha lhe telefonasse". A filha de Berlusconi que dirige a Mondadori, Marina Berlusconi, declarou que exerceu a sua liberdade editorial e que "fez o seu trabalho". Signorini disse ainda que "Kate já devia estar à espera de uma coisa destas" e sublinhou que se tivesse acesso a fotografias "mais escandalosas" não deixaria de as publicar.
As fotografias de mulheres em topless tiradas em 2009 na casa que Silvio Berlusconi tem na Sardenha foram proibidas de serem publicadas porque foram tiradas dentro da propriedade privada; a Mondadori esclareceu que as de William e Kate foram tiradas fora da propriedade de lord Lindley.
A sessão de hoje no tribunal francês servirá apenas para a entrega do processo, não estando ainda marcado o início da avaliação do caso. Recorde-se que a lei francesa é bastante dura em casos de violação de privacidade e que foi em França que a mãe de William, a princesa Diana, morreu quando perseguida por um grupo de paparazzi.
Notícia actualizada às 14h20: nome da fotógrafa
Notícia corrigida às 18h00: o feminino de paparazzi é paparazza