A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos informou, nesta quarta-feira, que tinha chegado ao fim da análise da proposta de aquisição lançada pelo Facebook em Abril e que, nesses quatro meses, não tinha encontrado objecção à realização da compra.

“Estamos satisfeitos por a Comissão de Valores Mobiliários ter autorizado a transacção após a sua avaliação cuidadosa e aturada”, reagiram os responsáveis pela rede social, em comunicado. O processo não está, no entanto, fechado: aquela autoridade ainda quer ouvir os responsáveis pelo Facebook na próxima semana. Nesta fase, o negócio já não será impedido, mas pode ser atrasado.

O Facebook quer ter este takeover concluído até ao final do ano e é possível que os donos do Instagram também estejam com pressa. Isto porque, quando foi anunciado, em Abril, o negócio valia mil milhões de dólares (797 milhões de euros). Agora, vale menos 250 milhões de dólares – o que significa uma perda de 25% para quem vende.

Esta desvalorização acontece porque apenas 300 milhões de dólares (239,2 milhões de euros) do total acordado é para ser pago em dinheiro. O resto será pago com 23 milhões de acções – que têm estado consistentemente em queda desde a entrada em bolsa do Facebook, em Maio, e estão agora em menos de metade do valor unitário original.

O acordo estabelecido entre as duas empresas – o Facebook e o Instagram – inclui uma cláusula de 200 milhões de dólares (159,4 milhões de euros) a pagar pela parte que decidir romper o negócio até 20 de Dezembro.