Atletas proibidos de usarem linguagem “vulgar” e de comentar provas online

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Os conteúdos partilhados por quem está nos recintos devem ser escritos em estilo de diário Jamie Squire/Getty Images/AFP

Num documento de quatro páginas, o comité “encoraja e apoia” a partilha de experiências online, mas enumera várias regras que têm de ser cumpridas num evento que ainda nem começou e já tem um caso de expulsão por mau comportamento na Internet.

A atleta grega de triplo salto Paraskevi Papahristou publicou na sua conta no Twitter um comentário racista que pretendia ser uma piada: "Com tantos africanos a viver na Grécia, os mosquitos do vírus do Nilo estão a alimentar-se de comida caseira". A frase surge na sequência de vários casos de vírus do Nilo detectados em Atenas, ou nos arredores, ao longo das últimas semanas.

Papahristou – que já pediu desculpas – foi afastada da competição pelo Comité Olímpico grego, que frisou que a atleta não estava a respeitar os valores das olimpíadas e não podia representar o país em Londres.

Uma das regras do Comité Olímpico Internacional é precisamente a de que todos os conteúdos publicados online devem “em todos os momentos estar em conformidade com o espírito olímpico (...), ser dignos e de bom gosto e não conter imagens ou palavras vulgares ou obscenas”.

Naquela que é a primeira edição com as redes sociais em velocidade de cruzeiro, outra das directivas é que os conteúdos publicados sejam na primeira pessoa, num estilo de diário e sem que seja assumido “o papel de jornalista” – ou seja, detalha o documento, não devem ser feitos comentários sobre provas, sobre outros atletas ou sobre elementos que façam parte dos jogos, nem divulgada informação confidencial ou privada de qualquer pessoa ou organização.

É permitido publicar fotografias tiradas nos recintos das olimpíadas, desde que não seja para fins comerciais. Aliás, qualquer publicação comercial ou publicitária é proibida. Já os vídeos e sons captados dentro dos espaços dos Jogos não podem ser partilhados online.

Para quem está dentro da aldeia olímpica, as regras são um pouco mais apertadas no que diz respeito às imagens: é preciso autorização de todos os fotografados para que estas possam ser colocadas online.

O comité estabeleceu ainda regras para os endereços dos sites ou blogues dos participantes e determinou que nenhum pode criar um site autónomo dedicado exclusivamente aos Jogos.

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