Venda de armas disparou no Colorado após tiroteio em sala de cinema

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As vendas dispararam nas lojas de armas do Colorado Shannon Stapleton/Reuters

Os pedidos para a compra legal de armas – que exigem uma investigação prévia aos antecedentes criminais dos requerentes – aumentaram em mais de 40% apenas nos três dias que se seguiram ao ataque: uma subida de 880 pessoas a 13 de Julho, seis dias antes do tiroteio, para 1.216 na sexta-feira que se lhe seguiu e 1.243 no sábado. No total, foi aprovada a compra de armas a 2.887 pessoas no passado fim-de-semana, o que representa um aumento de 43,5% em relação ao fim-de-semana anterior, precisou o Gabinete de Investigações do Colorado.

Os armeiros locais confirmaram também ter-se assistido desde então a um aumento das vendas, evocando que os compradores o fazem por auto-defesa. “As pessoas querem ter uma hipótese de se defenderem e às suas famílias se forem apanhadas numa situação como a do cinema”, explicou o dono de uma loja de armas de Arvada, citado pelo jornal Denver Post.

As autoridades notam que este fenómeno já se deu após incidentes similares ao de Aurora, relacionando-o com o receio de que possam ser adoptadas normas mais restritivas ou mesmo reconsiderada a possibilidade dos privados serem proprietários de armas.

Uma sondagem publicada na terça-feira, comissionada por um grupo de mayors que defendem um maior controlo e feita antes do tiroteio, indicava que mesmo os proprietários de armas pessoais, incluindo até membros da National Rifle Association, são favoráveis a algumas restrições, como a proibição da venda a pessoas identificadas nas listas anti terrorismo.