Fiel Companheiro

Lawrence Kasdan, tão anos 80... Os Amigos de Alex, as Noites Escaldantes, que nem envelheceram muito mal (William Hurt e Kathleen Turner, jovens, bonitos e despidos, têm neste segundo caso alguma coisa a ver com isso), mas quer isto quer o resto, que parecia tão “importante” na época, vê-se hoje como nota de rodapé no cinema americano das últimas décadas. Estimável, como estimável se tornou a própria ideia de um “regresso” de Kasdan - e das suas personagens adultas - a uma paisagem dominado pelo pop corn super-heróico. Mas a última vez que o tínhamos visto - o Dreamcatcher adaptado de Stephen King, há uns dez anos - foi desastroso. Fiel Companheiro é só irrelevante, no seu ritmo de episódio-piloto de sitcom, na bonomia da sua “lição de vida”. Duas estrelas, porquê, então? Porque Fiel Companheiro, cinema de “marca branca” sem estilo ou rasgo, faz esses atributos parecerem uma virtude, e porque um filme que trata bem actores com mais de 60 anos (Kevin Kline, Diane Keaton, Dianne Wiest) merece toda a nossa simpatia. Alguma coisa contra a juventude? Sim, gostamos dos velhos.

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