Didier Fiúza Faustino sempre trabalhou, enquanto artista plástico, sobre, em torno e com a arquitectura. Mas desta vez deu um passo maior e construiu uma casa. A Maison du Project, em Lyon, França (Faustino, nascido em França em 1968, divide a sua actividade entre Lisboa e Paris) faz parte de um ambicioso projecto de arte pública nas margens do rio Saône, lançado pelo presidente da Câmara de Lyon, Gérard Collomb. A casa situa-se no cais Saint Antoine e é uma estrutura inteiramente feita em madeira, formada por três corpos, e servirá como local de exposição das obras dos vários artistas, de diferentes áreas, convidados para intervir nas margens do Saône. Será "um lugar de encontro", disse Faustino na cerimónia de inauguração, mas também um ponto de encontro entre "três formas muito simples" que convergem para uma estrutura central. O diário francês Libèration descreve a construção como algo entre uma cabana de pescador e um barco. Para além das exposições, a Maison du Project servirá também para palestras e debates, integrando-se na lógica de animação das margens do Saône, que passam a ser um gigantesco passeio fluvial com 50 quilómetros, um "river movie", como lhe chama Jérôme Sans, o director artístico de todo este projecto que pretende aproximar os habitantes de Lyon do seu rio.
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