“Escola pública de todos para todos”. E sempre que o lema não se cumprir, o governo espanhol terá à perna o Súper Pública, o mais recente super-herói, criado para defender os interesses dos estudantes.
Não é nem mais forte, nem mais rápido e nem sequer mais bem parecido do que qualquer um dos outros super-heróis da história. Até ver, o superpoder de Súper Pública passa por conseguir fazer-se ouvir em cenários de manifestação onde normalmente os estudantes têm que gritar em coro — em Oviedo, onde foi criado, e um pouco por toda a Espanha — e nas redes sociais, onde o seu aliado mais competente é o Twitter.
“Estamos a viver tempos de cortes e de políticas neoliberais que querem desmantelar a educação. Precisamos de uma ajuda mobilizadora, um raio verde de esperança. Mais do que um super-herói, é um ideal que todos defendemos”, explica Rubén Rosón, porta-voz da Associação de Estudantes.
O super-herói surgiu de um “ideal colectivo”. “Nas assembleias pensamos em criar uma personagem absolutamente anónima, sem identidade e que encarne os nossos ideais”, recorda Rosón, que também já vestiu o fato de licra verde (de esperança numa educação pública de qualidade), que nem sempre é o mesmo fato de licra verde.
“Os meus inimigos, que são os de todos, já me conhecem, e tremem.”