Jeff Bezos, fundador da Amazon, quer recuperar os motores da missão lunar Apollo 11

Os motores da histórica missão lunar Apollo 11, no fundo do Oceano Atlântico há mais de 40 anos, poderão vir a ser recuperados numa missão impulsionada por Jeff Bezos

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O Columbia, um dos módulos da missão Apollo 11, em exposição no Smithsonian Mark Wilson/AFP

Uma expedição vai tentar recuperar os motores da histórica missão lunar Apollo 11, no fundo do Oceano Atlântico há mais de 40 anos, revelou nesta quarta-feira Jeff Bezos, o fundador da Amazon e responsável pela iniciativa.

Os cinco motores F-1 que enviaram o astronauta Neil Armstrong e a sua equipa à Lua em Julho de 1969 foram encontrados a 4267 metros de profundidade, graças a sonares de última geração. “Estamos a planear recuperar um ou mais motores do fundo do oceano”, disse ontem Jeff Bezos no seu "site" Bezos Expeditions.

Mas ninguém sabe em que estado estão os motores. “Eles atingiram o oceano a velocidades elevadas e estão mergulhados em água salgada há mais de 40 anos. Ainda assim, foram fabricados com materiais muito resistentes. Por isso, é esperar para ver”, acrescentou.

Entusiasmo pela ciência

O milionário justifica esta iniciativa com a promoção do entusiasmo pela ciência e pela exploração. “Tinha cinco anos quando assisti à missão Apollo 11 na televisão e sem dúvida alguma isso contribuiu muito para a minha paixão pela ciência, engenharia e exploração”. Agora, numa missão que conta unicamente com fundos privados, Bezos quer ajudar a inspirar os jovens a “inventar e explorar”.

A Apollo 11, com os seus três tripulantes – Neil Armstrong, Edwin Buzz Aldrin e Michael Collins – a bordo do foguetão Saturno V, foi lançada de Cabo Canaveral, na Florida, a 16 de Julho de 1969. Milhares de pessoas assistiram ao evento em redor do Centro Espacial Kennedy e milhões através da televisão. A 20 de Julho chegou ao seu destino e Neil Armstrong tornou-se no primeiro homem a pisar a Lua.

Os motores que forem recuperados são propriedade da agência espacial norte-americana (NASA). “Imagino que a NASA decida pô-los em exposição no Smithsonian [Museu Nacional do Ar e do Espaço, em Washington] para o grande público”. Bezos disse que pediu à NASA para “aceitar confiar um ao Museu do Ar de Seattle”, onde se situa a sede da Amazon.

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