Colönia, um atelier virado para a rua

No Porto há um estúdio híbrido de design e arte. Chama-se Colönia e o objectivo é esbater fronteiras entre as duas áreas

Os candeeiros são feitos com folhas de papel A4 e um clip Paulo Pimenta
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Os candeeiros são feitos com folhas de papel A4 e um clip Paulo Pimenta
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O casal Joana Machado e João Cruz, de 33 e 43 anos, respectivamente, popularizam a frase “We are from Colönia” — tal como fez o grupo de música sueco “We are from Barcelona” — mas são bem portugueses. Designers de comunicação, abriram em Outubro de 2010 um estúdio híbrido, na Rua 15 de Novembro, n.º 47, no Porto, que funde arte com design.

Amantes de viagens, foi em Berlim que se inspiraram. João define a capital alemã como a“ cidade das montras para a rua”, ao contrário do que acontece no Porto, onde "ainda há poucos" ateliers virados para a rua. "É preciso fomentar essa relação do trabalho com o exterior”, diz.

Os candeeiros feitos com folhas de papel A4 e um clip iluminam a montra com várias peças de design. Caveiras douradas, anéis e jarras quase tridimensionais em tons rosa parecem ser os convites para entrar. Uma vez lá dentro, somos recebidos pela simpática Flea, uma "golden retriever" com um nome que homenageia o baixista dos Red Hot Chili Peppers.

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A loja reúne peças exclusivas de designers internacionais Paulo Pimenta

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Na Colönia tudo parece pensado ao pormenor. Peças exclusivas de designers internacionais como Vladimir Karaleev ou Saskia Diez, compõem parte da microgaleria, que também é um estúdio de design de comunicação. Os criadores Luís Buchinho, Miguel Flor e Mimata são alguns dos clientes nesta última vertente.

Quem lá entra quer muitas vezes comprar a vitrine, uma das poucas coisas que não está à venda na loja. Sempre que uma peça é vendida, o casal incentiva a que os compradores mostrem como a integraram no seu dia-a-dia através do álbum Colönia Diaries, no Facebook.

Joana refere que com a crise como pano de fundo “a parte comercial torna-se mais difícil”. Os preços praticados começam nos cinco euros, sendo que o artigo “Gul” é o mais caro: custa 850 euros e corresponde a uma peça de joalheria contemporânea da autoria de Hugo Madureira.

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