Notório o carreirismo desta empreitada de levar de novo ao ecrã a trilogia “Millenium”, de Stieg Larson, e notória ausência de fulgor de Fincher, que alinha pelo calculismo - como se se tivesse bastado concluir por uma suposta adequação entre o universo visual do realizador e os abimos onde Larson mergulhou Mikael Blomqvist e Lisbeth Salander, tratando-se depois de adaptação rotineira, mera colagem. Craig é competente, não mais do que isso. Rooney Mara tem sinais exteriores de coisas várias, o grafismo da “gótica”, mas um profundo vazio no lugar de personagem. Veja-se, ainda, como o filme se vê às aranhas para justificar de onde vem, como um mal estar identitário: uma intermitência de sotaques, entre a “britishness” de uns e o “sueco” de outros - às vezes duas coisas ao mesmo tempo.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: