Tem alguns anos (é de 2006) mas mais vale tarde do que nunca. “Offside” foi um dos filmes com que Jafar Panahi foi fazendo perder a paciência ao regime iraniano. É um filme - nem por isso muito codificado - sobre a invenção da liberdade: um estádio de futebol, lugar de escape e lugar onde, disseminados na multidão, fora de controlo, todos reencontram, paradoxalmente, a individualidade do seu espírito e das suas ideias. E lugar proibido - às mulheres, tratam de inventar todas as maneiras de transgredir. Mas não é só um filme de “sintomas”: o imparável frenesi que “Offside” relata é um exemplo brilhante daquele “cinema da angústia” (quase no sentido hitchcockiano) em que os iranianos se especializaram, e que neste caso nos convenceram de que Panahi era mesmo o maior depois de Kiarostami.
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