À 4.ª edição, o Future Places leva ao Porto Peter Sunde, um dos fundadores do Pirate Bay, e aposta numa marca "99% free" (apenas os workshops são pagos, tudo o resto é grátis). De 19 a 22 de Outubro, a cidade rende-se aos meios digitais. A celebração e exploração dos meios digitais tem sido o mote do festival Future Places, que acontece no Porto desde 2008.
Nesta 4.ª edição, Inês Castanheira destaca a criação de "plataformas de comunicação entre as várias áreas" como um dos objectivos, juntamente com a vontade de "fazer do Porto a cidade que desenha o futuro das culturas locais a partir de uma rede internacional de artistas, criadores, investigadores e académicos da área dos media digitais".
O destaque da programação de 2011 vai para a presença de Peter Sunde, um dos fundadores do site Pirate Bay, plataforma de "downloads" na "web", a quem se junta Elizabeth Stark, Gregg Perry e Sérgio Branco, no último dia desta edição, para uma discussão sobre a propriedade intelectual.
Os GANA, colectivo por trás do fenómeno Bruno Aleixo, são outro dos destaques. O evento resulta de uma parceria entre a Universidade do Porto e a Universidade do Texas, em Austin, ao abrigo do programa em meios digitais UT Austin-Portugal, fundado pela Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia.
Cidadania explorada em laboratório
Ao todo, são cinco os laboratórios de cidadania e têm por objectivo "pôr os cidadãos e visitantes da cidade do Porto a pensar em assuntos sérios, de forma dinâmica, artística e criativa. Sobretudo de forma consequente".
Abertos ao público em geral, querem pôr "toda a gente a pensar no futuro". "Type the future" desafia o público a "escrever o futuro com blocos de letras no meio da rua", a 19 e 29 de Outubro, na Praça dos Poveiros, uma actividade que marcou a edição 2010 do Future Places.
Nos mesmos dois dias, "Stories of Chairs" é o Porto a puxar "de uma cadeira e, juntamente com Paredes, contar as suas histórias", numa iniciativa em cooperação com a Câmara Municipal de Paredes. Em "Will you marry us?", David Trullo e Pablo Peinado trabalham sobre "processos de reciclagem, de mistura e de reconstrução da imagem fotográfica, convidando os visitantes a juntarem-se a outras tribos urbanas e integrarem uma foto de família".
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