Isto é alcançado, grosso modo, por uma fórmula que consiste em acumular batalhões de percussão, adicionar toalhas de sintetizadores, pôr o baixo a slapar as suas adiposidades e nunca deixar escapar a oportunidade para um refrão épico em ascensão. O que redunda numa espécie de "Screamadelica" (em que a heroína e a coca foram substituídas por Coca-Cola) cruzada com Big Beat. Outra hipótese é soarem a uma versão B do melhor dos Rapture, como nessa jóia de baixo disco-guloso que é "Running away". De forma mais simples: pop electrónica que em outras mãos seria puro êxtase e assim é pura eficácia - notável em "Blue Cassette", que tem tudo para ser dos temas deste verão. Quando fogem à fórmula os Friendly Fires soam um pouco como os XTC em estúdio com Roy Ayers. Em qualquer um dos casos não se vislumbra génio mas sim prazer em doses massivas. Não é um grande gin ou uma grande droga; é um mojito bem catita.
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