Época nova, o mesmo FC Porto

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Rolando marcou os dois golos do FC Porto Reuters

Um ano depois de Villas-Boas se estrear como treinador principal na Supertaça, em Aveiro, Vítor Pereira repetiu os passos do antigo “chefe”. No entanto, desta vez a pressão era maior: em 2010, Villas-Boas tinha tudo a ganhar – e ganhou – contra o favorito Benfica; neste domingo, qualquer resultado que não fosse uma vitória do FC Porto seria rotulado como um fiasco do novo técnico.

Apesar das cautelas de Manuel Machado – o treinador reforçou o meio-campo e deixou Edgar de fora - o início foi um déjà vu para vimaranenses e portistas. Há cerca de dois meses e meio, na final da Taça de Portugal, James Rodríguez precisou de 118 segundos para colocar o FC Porto na frente do marcador. Agora, em Aveiro, foram precisos poucos mais.

Após um primeiro aviso de Rolando (remate contra Nilson), a bola sobrou para Moutinho. O médio colocou de calcanhar em Hulk, o brasileiro centrou “de letra” e 184 segundos depois de Pedro Proença apitar para o início da partida Rolando, de cabeça, fez o 1-0. Para o defesa, aliás, a sensação não foi nova: no ano passado, no mesmo estádio e na mesma prova, Rolando marcou contra o Benfica ao fim de 160 segundos. Com apenas um reforço no “onze” – Falcao ficou no banco e Kléber foi a novidade -, Vítor Pereira confirmava a aposta na “continuidade” e a resposta era positiva.

No entanto, tal como aconteceu no Jamor, o V. Guimarães conseguiu empatar na sequência de um canto. Aos 33’, numa altura em que o jogo estava “morno”, Fucile falhou o corte no primeiro poste e Toscano desviou de cabeça para o fundo da baliza de Helton. O jogo, a nível de qualidade, estava a “milhas” da final da Taça de Portugal, e seria outra vez uma bola parada a desempatar: aos 41’, Rolando voltou a assumir o protagonismo e, na sequência de um livre, fez o 2-1.

O segundo tempo mostrou um FC Porto cauteloso, preocupado em gerir o resultado, e um V. Guimarães sem argumentos para provocar grandes incómodos a Helton. Sem carregar muito no acelerador, os portistas estiveram sempre mais próximos do 3-1 do que os minhotos do empate.

A única grande oportunidade dos vimaranenses nos últimos 45 minutos acabou por surgir de um deslize de Rolando, aos 77’, onde acabou por ser Maicon a evitar que Maranhão fizesse o golo da igualdade.Com uma exibição q.b., mas que mostrou a fiabilidade da última época, o FC Porto conseguiu uma vitória inequívoca apesar das ausências de James e Álvaro Pereira e de Falcao e Guarín apenas terem jogados os últimos minutos.

POSITIVO
Rolando

O deslize aos 77 minutos quase deitou tudo a perder, mas Rolando foi o grande protagonista da partida ao apontar os dois golos do FC Porto. O defesa já tinha marcado na época passada na Supertaça contra o Benfica.


Vítor Pereira

O mérito tem que ser repartido por três (Jesualdo Ferreira e Villas-Boas também contribuíram), mas o novo treinador do FC Porto tornou-se o primeiro a conseguir o "tri" na Supertaça para os “azuis e brancos”.


NEGATIVOManuel Machado

O técnico dos vimaranenses jogou com muitas cautelas e a fórmula não resultou. Com Edgar na bancada, a falta de ambição dos minhotos foi evidente e a equipa incomodou pouco Helton.


Ficha de jogo

FC Porto 2



V. Guimarães 1


Jogo no Estádio Municipal de Aveiro, em Aveiro. Assistência 18.313 espectadores.

FC Porto

Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon, Fucile, João Moutinho (Belluschi, 85’), Souza, Rúben Micael (Guarín, 66’), Hulk, Kléber e Varela (Falcao, 66’). Treinador Vítor Pereira.


V. Guimarães

Nilson, Alex, N´Diaye, João Paulo, Anderson Santana, Barrientos (João Alves, 66’), El Adoua, Leonel Olímpio (Pedro Mendes, 72’), Targino, Toscano e Faouzi (Maranhão, 57’). Treinador Manuel Machado.Árbitro Pedro Proença, de Lisboa.


Amarelos Fucile (58’), João Paulo (64’), Targino (70’), N´Diaye (73’).


Golos

1-0, por Rolando, aos 4’;


1-1, por Toscano, aos 33’;


2-1, por Rolando, aos 41’.


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