A resposta de Berlusconi aos avisos que as agências de rating começaram a lançar sobre Itália – sobretudo sobre o nível de endividamento – será feita pela redução da despesa, com cortes no orçamento da administração central e regional, de acordo com as poucas medidas conhecidas por uma versão preliminar do plano de contenção.

Com as medidas de correcção orçamental, o Governo, cujo mandato termina em 2013, espera que Itália consiga chegar a 2014 com um défice residual de 0,2 por cento.

A maior parte das medidas deverá ser implementada nos dois últimos anos do pacote, ao qual se somam outras já previstas para este e o próximo ano no valor de 25 mil milhões de euros.

“Sem rigor, não poderá haver desenvolvimento”, sustentou o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, no final do conselho de ministros que aprovou o pacote. “Um país com défice tem um défice de ética [e] de honestidade”, sublinhou.

Dentro de 60 dias, o decreto e o projecto que permitirão avançar com as medidas vão ser votados no Parlamento, mas a decisão do Governo não colhe unanimidade no interior da coligação.