Passos já não nomeia novos governadores civis
“O Estado dará o exemplo de rigor e contenção para que haja recursos para os que mais necessitam; e o meu Governo será o líder desse exemplo, como de resto a decisão de não nomear novos governadores civis já sinaliza”, disse o primeiro-ministro.
Na intervenção, Passos Coelho apontou as tarefas prioritárias do Governo: “estabilizar as finanças, socorrer os mais necessitados, fazer crescer a economia e o emprego”.
Propondo um “pacto de confiança, abertura e responsabilidade”, o primeiro-ministro sublinhou a necessidade de expor as instituições governamentais ao escrutínio público. E deu como exemplo a criação do Conselho das Finanças Públicas, que cumprirá um “duplo papel” de “credibilização interna e externa da execução orçamental e de tornar transparente o exercício de dispêndio dos recursos públicos”.
Passos Coelho definiu ainda o seu modelo de Estado – “mais pequeno, ágil e forte” – e elegeu o sector da justiça como o que “mais clama confiança, responsabilidade e abertura”.
No plano financeiro, o primeiro-ministro reafirmou a promessa de aplicar um programa de estabilização financeira e de um programa para o crescimento, competitividade e emprego. Neste capítulo, anunciou a criação de um programa nacional de poupança. “Aumentar a poupança converteu-se num imperativo económico de primeira ordem de recuperação da economia portuguesa”, justificou.
Reconhecendo que as “responsabilidades do Governo são enormes”, Passos Coelho disse que as assumirá “com honra e entusiasmo”. E terminou o discurso com uma ideia também deixada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, momentos antes: “Portugal não pode falhar e eu sei que Portugal não falhará”. E foi aplaudido por todos os convidados na sala, mesmo pelos ex-ministros de José Sócrates.