Acções do LinkedIn disparam após entrada em bolsa
Ontem, a empresa levou a cabo uma oferta pública de venda (OPV), na qual vendeu 7,84 milhões de acções, a 45 dólares cada uma, encaixando 352,8 milhões de dólares (247,6 milhões de euros). Com o preço das acções de hoje, a empresa atinge uma valorização bolsista a rondar os 7500 milhões de dólares (5300 milhões de euros).
O LinkedIn é uma rede social focada em contactos profissionais. A utilização do serviço é gratuita, mas o site vende funcionalidades extra, que são úteis sobretudo para empresas e profissionais de recursos humanos que estão à procura de contratar. Embora seja possível comprar anúncios no site, a estratégia do LinkedIn não está assente apenas na publicidade, como acontece com outras redes na Internet.
O site, que tem cerca de 100 milhões de utilizadores, é a primeira grande rede social a entrar em bolsa, um passo que se espera que os mais populares Facebook e o Twitter venham a dar.
O facto de ser o primeiro pode ter ajudado a atrair o interesse dos investidores, ávidos de entrar numa área que envolve muitos milhões de utilizadores em vários países, mas que ainda não tem um modelo de negócio sustentável.
O site de descontos Groupon e a companha de jogos online Zynga (criadora do FarmVille) são outras empresas da chamada Web social cuja oferta pública de venda é muito aguardada.
Poucos dias depois de a Microsoft ter comprado o Skype por quase seis mil milhões de euros (um valor que causou surpresa), o preço das acções do LinkedIn, que declarou 161 milhões de dólares em receita durante os primeiros nove meses do ano passado, já está a ser descrito como um possível indicador de uma nova bolha tecnológica,
“Alerta de bolha” A OPV do LinkedIn duplica”, titula um blogue do Wall Street Journal dedicado aos negócios bolsistas. “A OPV do LinkedIn é a maior desde o Google – Mas será demasiado grande?”, interroga o Huffington Post. “Os valores estão a fomentar o medo de uma bolha, muito como no final dos anos 1990”, escreve o Financial Times. “Quem esteja à procura de provas de que Silicon Valley está numa bolha a todo o gás não precisa de ir mais longe do que Wall Street esta quinta-feira de manhã”, escreve, mais incisivo, o San José Mercury News, um prestigiado jornal de Silicon Valley.