Portas critica Teixeira dos Santos por recusar falar com oposição sobre ajuda externa

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O líder do CDS-PP defendeu que o futuro governo deveria ter uma formação mais reduzida Luís Ramos

Em declarações em Barcelos, à margem da tomada de posse dos órgãos distritais do seu partido, Paulo Portas teceu ontem à noite fortes críticas a Teixeira dos Santos pela posição do ministro em se recusar a “falar” com os partidos da oposição sobre a ajuda externa a Portugal.

“A declaração do ministro das Finanças, feita lá fora, de que se recusa a falar com a oposição sobre o programa de ajuda externa a Portugal, não revela bom senso”, afirmou, defendendo que “é nos momentos mais difíceis que é preciso que os responsáveis políticos tenham bom senso”.

Sobre as notícias dos últimos dias que dão conta que “o Presidente da Republica não foi informado pelo Governo da intenção de pedir ajuda externa”, Paulo Portas considera que, a ser verdade, é um facto que “revela falta de institucionalismo por parte do Governo”.

Para o líder dos democratas-cristãos, “quando um país atravessa uma situação tão vexatória como a que Portugal enfrenta, não pode haver problemas deste tipo a nível interno”, ou corre-se o risco, alertou Portas, de “os portugueses pensarem que são governados por meninos mimados”.

O líder do CDS-PP defendeu ainda que o futuro governo deveria ter uma formação mais reduzida, propondo a “diminuição de ministérios de 17 para 12 e de secretarias de Estado de 38 para 25”.