Juros da dívida a dez anos baixaram da fasquia dos sete por cento
A tendência de queda das taxas de juro dos países periféricos do euro segue-se a uma declaração conjunta dos ministros das Finanças das cinco principais economias da União Europeias (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha) na Coreia do Sul, à margem da Cimeira do G20, em que asseguravam que o novo mecanismo de estabilização financeira do euro, a instituir com carácter permanente, não entrará em vigor antes de 2013 nem afectará a situação dos credores actuais.
“Qualquer novo mecanismo não entrará em vigor antes de meados de 2013, sem qualquer impacto que seja nas disposições actuais”, diz o texto, citado pela AFP e assinado pelos ministros daqueles cinco países, a quem o ministro irlandês agradeceu pela sua “solidariedade”.
Os juros das obrigações portuguesas a dez anos estavam em 6,908 por cento às 12h48, tendo baixado dos sete por cento sensivelmente depois das 11h, e a margem face às obrigações alemãs ia em 443,9 pontos-base, o que representa uma descida pronunciada face aos 493,4 do fecho de ontem.Aliás, os
credit default swaps (CDS, que são contratos de seguro contra o risco de incumprimento da dívida soberana) relativos à dívida portuguesa a dez anos eram os que mais desciam entre todos os países listados. Pelas 11h40, o valor dos CDS associado aos títulos de Portugal a dez anos recuava para 427,5 pontos base, de acordo com os dados da Bloomberg citados pela agência Lusa. Os juros da Irlanda também continuavam em queda, mas a margem face aos títulos alemães a dez anos subia àquela hora, face ao que se registava ao início da manhã. Os juros estavam em 8,495 por cento, quando às 10h50 estavam em 8,638 por cento, depois de ontem ter fechado em 9,258 por cento.
As taxas espanholas, que já tinham subido hoje, estavam agora de novo em queda, para 4,628 por cento, para um valor próximo dos 4,659 por cento do fecho de ontem. As italianas continuavam a cair, agora para 4,181.