No Centro de Congressos do Estoril, o músico norte-americano revelou 23 das milhares de fotografias que tem captado ao longo dos últimos anos, numa exposição que privilegia as paisagens naturais e urbanas.
Rodeado por dezenas de jornalistas e parco nas palavras, Lou Reed explicou que prefere registar paisagens em vez de pessoas, excepto uma. A mulher, a artista norte-americana Laurie Anderson, é a única figura humana retratada na exposição “Romanticism”, aparecendo de costas num retrato de paisagem em tons de azul.
Lou Reed escolheu-a para fechar a exposição. “Eu precisava de uma deusa e ela é a minha deusa (...). Ela não sabia que estava a ser fotografada. É como uma flor”.
As fotografias expostas foram feitas em países como Espanha, Reino Unido, Canadá e China.
“Algumas das minhas fotos são melhores do que as paisagens”, afirmou o ex-guitarrista dos Velvet Underground, deixando no ar a ideia de que já pode ter fotografado também em Portugal. “Gosto muito de Lisboa e gosto muito das minhas fotografias. Tê-las juntas é a minha ideia do que é o céu”, elogiou.
Lou Reed dará no sábado uma masterclass, depois da exibição do documentário “Red Shirley”, que rodou sobre uma familiar.
Capucho com expectativas elevadasAntónio Capucho, presidente da Câmara Municipal de Cascais, mostrou-se agradado com a programação deste ano e com o trabalho de Paulo Branco, produtor de cinema e responsável pela programação do festival. “As minhas expectativas são as melhores. Paulo Branco fez um bom trabalho e um esforço para melhorar esta edição e apresentar novidades. Da moda ao cinema, houve um esforço para fazer melhor que o ano passado”, disse ao PÚBLICO na sessão de abertura.
A quarta edição do Estoril Film Festival começou hoje e termina no dia 14. Cada sessão custa 4 euros.