Sócrates quer mais 40 por cento de diplomados em 2020
Para atingir essa meta, Sócrates disse ser “preciso atrair mais 60 mil portugueses às universidades portuguesas” na próxima década.
O primeiro-ministro, que falava na sessão de abertura do ano académico que decorreu na Universidade da Madeira, no Funchal, realçou que “nunca tanta gente estudou nas universidades e institutos politécnicos” em Portugal, apontando que se registou um aumento de 50 por cento no número de inscrições desde 2005, estando a atingir os níveis dos países mais desenvolvidos, pois o número de jovens com 20 anos matriculados presentemente é 35 por cento.
O chefe do Executivo sublinhou também que os contratos de desenvolvimento assinados com as universidades, no âmbito do Pacto de Confiança, não representam mais encargos para o Estado, sendo antes uma prova de que estas instituições “com mesmo dinheiro estão a servir melhor o país, a formar mais pessoas e com mais eficiência”.
Por seu lado, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enalteceu o “progresso e reformas recentes” feitas pela Universidade da Madeira (UMA), elogiando, entre outros aspectos o processo “exemplar de internacionalização” em curso. Mariano Gago desafiou ainda a UMA, a mais recente instituição de ensino superior do país, a promover a criação de uma nova “Escola Internacional de Medicina de grande dimensão” nesta região.
Entre os objectivos traçados para o ensino superior, salientou que uma das metas dos contratos subscritos é diplomar mais 100 mil activos para superar o défice da baixa qualificação no país.
José Sócrates e Mariano Gago lembraram ainda que, fruto das políticas de educação implementadas nos últimos tempos, o ano lectivo 2010/1011 começa com 118 mil alunos, o que representa mais 20 mil inscrições que em 2009.
Numa breve alocução, o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, agradeceu ao Governo da República a escolha da ilha para esta cerimónia solene, um gesto que considerou ser “um incentivo importante” e, respondendo ao pedido de apoio do executivo madeirense aos projectos desta instituição, afirmou: “nunca o procriador abandona a sua cria”.
Por seu turno, o reitor da UMA, Castanheira da Costa, elegeu como o objectivo mais ambicioso da instituição “o desafio da internacionalização”, destacando a importância da parceria já existente com a Universidade de Carnegie Mellon.
Salientou que o sucesso do programa passa por “limitar as áreas de intervenção prioritárias” que foram determinadas em quatro domínios: informática, nanotecnologias, energia e medicina, apostando no aumento de mais de 1000 novos diplomados.
Depois da cerimónia, José Sócrates, Mariano Gago, e os reitores, entre outras entidades, participaram num almoço oferecido pelo presidente do Governo Regional, na Quinta Vigia.