A superioridade do Sporting e os disparates de Lupède e de Elmano Santos
O Sporting chegou ao intervalo a ganhar. A vencer de forma inteiramente merecida, graças a um golo espectacular de Liedson – o lance, contudo, foi irregular, uma vez que o avançado, quando recebeu um primeiro passe de Matías Fernández, encontrava-se em posição irregular.
A equipa de Paulo Sérgio, de resto, foi sempre a melhor equipa. A jogar num 4x4x2 losango, encostou a Naval completamente no seu meio-campo. Os homens da casa, que surpreenderam pela positiva nas duas primeiras jornadas, foram completamente anulados por uma formação que vinha de uma vitória moralizadora na Dinamarca e apareceu na Figueira da Foz com André Santos a assumir-se como uma agradável surpresa pela forma como recuperava as bolas e saía a jogar.
Foi a primeira fonte do futebol do Sporting que, no meio-campo, tinha Maniche na esquerda e Valdés na direita, além de Matías no apoio à dupla ofensiva, constituída por Liedson e Djaló. Ao futebol da formação de Alvalade faltou apenas algum aproveitamento da velocidade pelos flancos. Uma deficiência que lhe criou certas dificuldades perante uma equipa que apostava tudo em fechar os caminhos para a sua baliza.
A primeira oportunidade de golo do Sporting surgiu apenas aos 15’: passe primoroso de Valdés e Djaló cabeceou ao poste. Mas, aos 40’, surgiu o golo: Matías Fernández colocou em Liedson, que estava em posição irregular, a bola sobrou para Abel, que assistiu novamente o avançado para a conclusão com um toque de calcanhar. Seguiu-se um excelente remate de Matías e uma notável defesa de Salin.
A tudo isto a Naval respondeu com coisa nenhuma. Nem um remate digno desse nome à baliza de Rui Patrício. Mas se não teve futebol, também teve contra si um árbitro desastrado. Elmano Santos errou ao validar o primeiro golo e voltou a ouvir protestos dos figueirenses, quando, aos 57’, assinalou uma grande penalidade de Lupède sobre Liedson – o jogador toca primeiro na bola mas arrasta Liedson consigo. Foi o suficiente para Matías Fernández fazer o segundo golo leonino.
O treinador da Naval resolveu então apostar mais no ataque. Tirou Hugo Machado e colocou em campo Marinho. Uma alteração que teve a virtude de esticar o futebol da equipa, mas também o pecado de conceder mais espaços ao adversário. E Djaló aproveitou para fazer o terceiro golo, graças a uma infantilidade de Lupède, que tentou um atraso e acabou por isolar o adversário.
A Naval, que tentava levantar a cabeça, acabou nesse momento. Ainda assim, conseguiu chegar ao golo, num lance emendado ao segundo poste por João Pedro. Mas já de pouco adiantava. O Sporting continua a somar por vitórias (seis) todos os jogos disputados na Figueira da Foz.
Ficha de jogoNaval, 1
Sporting, 3
Jogo no Estádio José Bento Pessoa, Figueira da Foz.
Assistência
5.201 espectadores.
Salin 6, Gómis 5, Lupède 3, R. Conceição 4, Jonathas 5, Godemèche 5, Alex Hauw 5, João Pedro 7, H.Machado 5 (Marinho 6, 61’), Camora 5 (M. Simplício 5, 69’) e Previtali 5.
SportingRui Patrício 6, Abel 6, D. Carriço 6, N.A. Coelho 6, Evaldo 6, André Santos 7 (Zapater 5, 72’), Maniche 6, Valdés 6 (João Pereira -, 83’), Matías 6, Djaló 6 e Liedson 7 (Saleiro -, 85’).
ÁrbitroElmano Santos 4, da Madeira.
AmarelosAndré Santos (30’), Maniche (53’), Lupède (58’), Salin (58’) e Rui Patrício (88’).
Golos0-1, por Liedson, aos 41’; 0-2, por Matías Fernández, aos 60’ (g.p.). 0-3, por Yannick Djaló, aos 70’; 1-3, por João Pedro, aos 75’.
Notícia actualizada às 23h23