Carlos Urroz é o novo director da Arco

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Por entre a sua pior crise de sempre, a Arco, feira de arte contemporânea de Madrid, encontrou hoje novo director: Carlos Urroz, que entre 1994 e 1997 já foi director-adjunto da mais importante feira do sector na Península Ibérica, assume agora de imediato a direcção do evento. O PÚBLICO avançara já o seu nome como mais provável candidato ao cargo.

A comissão executiva da Ifema, a entidade que gere a Arco, decidiu esta manhã por unanimidade que Urroz, antigo colaborador da galeria Helga de Alvear e hoje gestor cultural, com um projecto próprio ligado à organização e divulgação de eventos de artes visuais - Urroz Proyectos -, foi o escolhido, em detrimento das restantes dois candidatos ao cargo, Paloma Martín Llopis e Javier González de Durana.

Javier González de Durana, director do centro de arte contemporânea TEA, em Tenerife, e Paloma Martín Llopis, representante espanhola da conhecida galeria Edward Tyler Nahem, de Nova Iorque, são nomes menos conhecidos que Urroz, que, além do seu percurso, reunia o consenso dos galeristas.

Esta nomeação poderá ser, assim, um princípio de reaproximação entre a Ifema e um grupo de representantes de peso do meio da arte contemporânea que já ameaçara abandonar o evento ainda que isso implicasse a não realização da feira em 2011.

Foi a reacção às intervenções directas do presidente da Ifema, Luis Eduardo Cortés, em decisões relativas à feira e que levaram também à demissão de Lourdes Fernández, a 3 de Maio, depois de uma edição da feira ensombrada por tensões e polémicas de dimensão inédita ao longos das três décadas de percurso daquele que é o mais importante evento comercial do ano para a generalidade dos galeristas do Porto e Lisboa e a plataforma história de internacionalização da arte portuguesa.

Carlos Urroz foi director-adjunto de Rosina Gómez-Baeza, antecessora de Lourdes Fernández e apenas a segunda directora da Arco.

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