PT cortou o telefone aos Bombeiros Voluntários do Porto por falta de pagamento
O presidente da corporação portuense, Jaime Madureira, aponta "os serviços particulares, sobretudo os solicitados pelas companhias de seguros", como "os mais afectados pela ausência de comunicações fixas".
Quanto aos serviços municipais e distritais, observa que "não têm sido prejudicados, pois são comunicados aos bombeiros pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes", que está a par da situação e que entra em contacto com a corporação por telemóvel.
Jaime Madureira disse ao PÚBLICO que, quando tomou posse, há três anos, já havia uma dívida de 25 mil euros à PT. "Quando percebemos a situação, reunimos 6600 euros e, um ano e meio após iniciarmos funções, pagámos um terço da dívida. Em Dezembro de 2009, tentámos chegar a um acordo de pagamento da quantia em falta e estávamos dispostos a avançar com prestações mensais de 800 euros relativas ao faxe e ao telefone", adiantou. Na resposta, a PT enviou um documento de reconhecimento de dívida e que já previa o pagamento da verba em falta em prestações. O valor da prestação inicial do faxe (184 euros) e os respectivos juros (459 euros) foram liquidados. O problema, segundo Jaime Madureira, veio na factura referente à primeira prestação do telefone. "A PT obrigava-nos a pagar, à cabeça, 5200 euros de juros e depois o valor da prestação mensal (601 euros). Claro que não pudemos liquidar estes valores, até porque antes já tínhamos pago 30 por cento do total da dívida", justificou.
Embora reconheça que os bombeiros "não foram muito eficazes na negociação", Jaime Madureira considera "um exagero" os juros da primeira prestação do telefone. Neste momento, o número de telemóvel dos Voluntários para atendimento ao público é o 911 150 269. Entretanto, o presidente da corporação afirma ter sido contactado segunda-feira pela PT, que lhe terá manifestado a intenção de encontrar uma solução, tendo alegadamente indicado uma gestora de conta da empresa para tratar do assunto. O PÚBLICO tentou falar com esta gestora de conta e com a direcção de comunicação da PT, mas ninguém esteve disponível em tempo útil para esclarecer o caso.