Este foi o resultado da aplicação da fórmula acordada em 2005 entre o Governo anterior e as empresas do sector, indicou ontem uma porta-voz do gabinete do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça.Em causa está uma conta que se baseia na evolução do preço dos combustíveis, das despesas dos operadores com pessoal e também na evolução da inflação, que nos últimos quatro anos tem vindo a ser aplicada. Em comunicado ontem divulgado, o ministério lembrou que este é o segundo ano em que se mantêm os preços no transporte público urbano e suburbano.
Quanto às empresas rodoviárias privadas de passageiros, representadas pela Antrop (Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros), defendem também que o mesmo mecanismo de actualização "deve continuar a ser aplicado" da forma que tinha sido acordada, de seis em seis meses, indicou ao PÚBLICO Luís Cabaço Martins, da direcção da associação.
Só em Junho de 2008 houve uma excepção neste instrumento, quando a então secretária de Estado da tutela, Ana Paula Vitorino, e a própria Antrop, concordaram em "congelar" as tarifas do sector - na altura "por razões sociais", apesar de se ter registado um forte agravamento dos custos com o combustível, lembrou o mesmo responsável. Por outro lado, a descida de passageiros está a preocupar a associação, salientou: "Seria importante centrarmos a nossa atenção para criar mecanismos que promovam utilização do transporte público."