Schwarznegger, representante de um dos estados norte-americanos mais activos pelo clima, foi esta tarde a Copenhaga sublinhar a contribuição do poder local para resolver o problema do aquecimento global.

“Os acordos internacionais, por mais importantes que sejam, nunca farão o suficiente”, considerou, lembrando que “a História mostra que os movimentos começam com as pessoas, não com os Governos”.

Para este político, a conferência de Copenhaga “já é, automaticamente, um sucesso”, por obrigar o mundo a pensar de maneira diferente e a reconhecer que já estão a ser feitas coisas a nível sub-nacional.

Por isso, “quero pedir às Nações Unidas que organizem uma conferência climática como Copenhaga mas para as cidades, regiões e províncias”, desafiou. “E recomendo muito que seja realizada na Califórnia”.

“Os Governos do mundo, sozinhos, não podem conseguir os progressos que precisamos. Precisam que todos trabalhem juntos. Precisam das cidades, das províncias e das regiões. Precisam dos activistas, dos cientistas e das universidades. Precisam dos indivíduos, cuja visão e determinação criam movimentos”, constatou no final da sua intervenção.

Schwarznegger entende que o planeta não pode depositar todas as esperanças nos líderes políticos e num único acordo. Além do “poder dos indivíduos para gerar novas ideias”, o governador acredita na rápida transformação que está a ser operada pelas empresas, “passando para fontes de energia renovável a um ritmo muito mais célere do que aquele que pensávamos”.

A Califórnia tem no terreno um pacote de medidas pró-clima que inclui limites de emissões para os veículos e projectos para promover a instalação de painéis solares nos telhados.