México condenado por assassínio de três mulheres em Ciudad Juarez

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As cruzes assinalam o local onde foram encontrados os corpos das três mulheres Daniel Aguilar/Reuters

Este foi o primeiro julgamento feito pelo Tribunal Interamericano dos Direitos do Homem relacionado com vários assassínios, cometidos em finais da década de 90 e início de 2000, naquela cidade mexicana junto à fronteira com o estado norte-americano do Texas. O tribunal deliberou que o Estado mexicano “falhou no seu dever de investigar (...) e de garantir o direito à vida, à integridade e à liberdade pessoal” de três mulheres encontradas mortas em 2001.

A condenação referiu-se ao assassínio de Esmeralda Herrera, então com 15 anos, Claudia Ivette Gonzalez, de 19, e Laura Berenice, de 17, encontradas mortas num campo de algodão em 2001. O tribunal considerou também que o Estado mexicano negou o acesso à justiça das famílias e violou dessa forma os direitos das vítimas.

O tribunal considera que esta sentença constitui uma forma de reparação para as famílias das vítimas, mas exige que o México “conduza eficazmente o processo penal em curso (...) para identificar e perseguir os mandatários e os autores materiais do crime”.

As três mulheres foram as únicas a serem identificadas entre as sete encontradas assassinadas a 6 de Novembro de 2001 em Ciudad Juarez, onde o assassínio de mulheres tem aumentado, muitas vezes associado a violência sexual, mutilações ou suicídio.

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