Bhumibol Adulyadej, visto como uma semidivindade por muitos dos 67 milhões de tailandeses, está a ser tratado no Hospital Siriraj, em Banguecoque, onde foi admitido com uma inflamação pulmonar, fadiga e febre, de acordo com informações prestadas pelo gabinete da Casa Real tailandesa.

Antes desta ocasião, o rei foi visto neste último mês apenas duas vezes, e em ambas também sentado numa cadeira de rodas dentro do hospital. Como única figura unificadora num país que viveu décadas de convulsão política, o seu desaparecimento dos olhares públicos tem deixado o país ansioso.

As celebrações do aniversário têm sido sumptuosas, incluindo procissões de barcos reais, espectáculos de luz e laser e de fogo-de-artifício, com as ruas da capital profusamente adornadas com fotografias do monarca. É esperada a sua presença na cerimónia desta noite no Grande Palácio de Banguecoque, para a celebração que reunirá membros da família real, responsáveis do Governos e altas figuras políticas do país.

Mas o tradicional discurso de aniversário foi cancelado dado o estado de saúde do rei – como, aliás, já acontecera no ano passado também devido a doença de Bhumibol Adulyadej. Muitos tailandeses esperavam ouvi-lo desta feita, numa altura em que muito recentemente manifestantes contra o Governo fecharam os dois principais aeroportos do país durante uma semana.