Festa espanhola pela quarta “saladeira” na Taça Davis

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Fernando Verdasco e Feliciano Lopez festejam a vitória na final de pares Marti Fradera/Reuters

“Jogar uma final em casa é qualquer coisa de emocionante. Agradeço aos meus colegas de equipa por me terem dado esta oportunidade, eu que não estive nos quartos-de-final, nem nas meias-finais”, disse Rafael Nadal, que assim pôde encerrar bem uma época infeliz a nível individual. Nadal ganhou o primeiro ponto, na sexta-feira, frente a Tomas Berdych, e embalou a selecção para o aguardado triunfo, ou não estivesse invicta em casa e na terra batida desde 1999.

Tirando as quatro horas em que Stepanek resistiu a David Ferrer, no segundo singular da jornada inaugural, e o equilíbrio dos dois sets iniciais de hoje, o triunfo de Espanha revelou-se fácil. Com a ajuda inestimável da claque de 15 mil adeptos, “liderada” pelo príncipe Felipe (o Palau Sant Jordi, em Barcelona, encheu), o duo de esquerdinos infligiu a primeira derrota à dupla Stepanek/Berdych na competição: 7-6 (9/7), 7-5 e 6-2, ao fim de duas horas e 46 minutos.

Uma vitória sem grande contestação, já que o par checo só no set inicial é que dispôs de break-points, dois. No tie-break, os espanhóis foram os primeiros a dispôr de um set-point, mas só na segunda oportunidade se adiantaram no marcador. No segundo set, a 5-5, Berdych serviu a 40-0, mas cedeu o break e Lopez fechou com um ás. A tarefa de recuperar de dois sets de desvantagem já se adivinhava difícil, mas pior ficou quando Stepanek cedeu o break logo no início da terceira partida, repetindo o mau desempenho no quinto jogo, o que colocou os espanhóis a liderar por 4-1. E foi ainda Stepanek que, ao falhar uma intercepção aparentemente fácil na rede, no segundo match-point, selou o triunfo de Espanha. “A chave foi a primeira partida onde deixámos escapar um set-point. Depois, eles ficaram confiantes e não nos deram nenhuma aberta”, resumiu Berdych.

Com 11 jogadores entre os 100 primeiros do ranking ATP, dos quais nove no top 50, Espanha confirma-se como a grande potência deste século no ténis masculino, mas na história centenária da Taça Davis ocupa um modesto sexto lugar, atrás dos Estados Unidos (32 títulos), Austrália (28), França e Grã-Bretanha (nove) e Suécia (sete).

Em Março, começará a procurar um terceiro título consecutivo, recebendo a Suíça, de Roger Federer.

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