“Julgo que podemos congratular-nos com os resultados alcançados. Debatemos temas actuais e relevantes para os nossos povos, procurámos e identificámos novas vias de cooperação e coordenação de esforços e abrimos as portas a uma reflexão de fundo sobre o futuro da nossa comunidade”, disse Cavaco Silva, no discurso da sessão de encerramento da Cimeira, a decorrer desde segunda-feira no Estoril.

Para o Presidente português, durante este encontro político, os líderes ibero-americanos confirmaram “o interesse crescente” pelas actividades de cada parceiro e respectivo impacto internacional.

“Este interesse pelo que fazemos e os resultados que alcançámos implicam, também, maiores responsabilidades”, salientou o chefe de Estado português, afirmando que, após esta cimeira, encara o futuro da comunidade ibero-americana “com renovada confiança”.

Na mesma intervenção, Cavaco Silva destacou o papel da chefe de Estado chilena, Michelle Bachelet, que participou pela última vez neste encontro, na qualidade de governante, e do Presidente da Costa Rica, Óscar Árias.

“Vamos ter saudades de si, Presidente Michelle Bachellet”, disse o chefe de Estado português.

“Saudades da líder política, do seu entusiasmo, da força das suas convicções, da sua firmeza e determinação na defesa dessas convicções, que tanto marcaram os nossos debates e tanto contribuíram para as nossas decisões”, referiu Cavaco Silva, salientando ainda “a autenticidade” e o “calor humano” da personalidade de Bachellet, que inicia hoje uma visita oficial de dois dias a Portugal.

As palavras do Presidente português provocaram os aplausos dos restantes líderes ibero-americanos presentes na sessão de encerramento.

Cavaco Silva destacou ainda o papel desempenhado pelo Presidente da Costa Rica, Óscar Arias, que também não estará presente na próxima cimeira, na promoção do diálogo e da paz nesta comunidade, um elogio que também mereceu a ovação dos líderes.

“Quero agradecer pessoalmente e em nome de todos, o contributo que tem dado e que voltou a dar para o enriquecimento do nosso debate. A sua experiência ao longo de muitos anos de actividade política, como promotor do diálogo e da paz, nunca será por nós esquecido”, concluiu o chefe de Estado português.