POSITIVO e NEGATIVO
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Sporting
Foi talvez a melhor exibição da época da formação leonina, apesar de não lhe ter valido mais do que o quinto empate consecutivo no campeonato. Mandou no jogo durante boa parte dele, teve as melhores oportunidades para marcar e obrigou o Benfica a reagir, mais do que a agir. O novo desenho (4x2x3x1) permite rentabilizar o que de melhor esta equipa leonina tem e disfarçar algumas lacunas que continuam a existir. Faltou-lhe apenas a capacidade de meter mais gente na área. O técnico Carlos Carvalhal já pode dizer que conseguiu empatar duas vezes com este super-Benfica, que ontem foi forçado a assumir um papel secundário.
Quim
Foi talvez o melhor em campo. Sempre seguro, fez uma defesa estrondosa a remate de Veloso.
Moutinho e Polga
O primeiro fez uma primeira parte deliciosa. O segundo fez o melhor jogo que lhe vimos esta época.
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Laterais direitos do SportingAbel esteve mal até se lesionar no primeiro tempo, mas a entrada de Pedro Silva só serviu para provar que o Sporting está mal servido na posição.
Pedro Proença
Dúvidas em dois lances (carga de David Luiz sobre Liedson? Mão de Polga?). Mas bem pior foi a forma como foi complacente com o jogo faltoso de David Luiz.
Sporting renasce das cinzas, mas ainda não chega
O autocarro do Benfica deu uma volta completa ao estádio porque a polícia entendeu que não estavam reunidas as condições de segurança para entrar de primeira na garagem. Lá dentro, as bancadas também estavam em combustão como há muito não se via em Alvalade. E a verdade é que a equipa benfiquista surgiu algo desestabilizada, fruto de dois erros individuais de David Luiz e de Javi García. No primeiro caso, valeu a velocidade de Sidnei para evitar que Liedson fizesse miséria.
Com apenas uma verdadeira novidade no onze inicial, Carlos Carvalhal efectuou uma verdadeira revolução no Sporting. Adrien foi a surpresa da noite, formando o duplo pivot defensivo ao lado de João Moutinho, enquanto Miguel Veloso passou a funcionar como interior esquerdo, à frente de Caneira. Mas não se ficou por aqui o técnico leonino, porque Vukcevic mudou para o lado direito do 4x2x3x1, conseguindo jogar na posição que mais gosta, como acontece na selecção de Montenegro. Pereirinha regressou ao banco e Angulo saltou para a bancada.
O resultado foi uma versão leonina bem mais fresca e organizada. Aproveitou o ambiente e mandou quase sempre no jogo durante os primeiros 45’, período em que teve duas excelentes oportunidades para marcar. Na primeira, desestabilizou a defesa zonal do Benfica com um canto curto, mas Polga falhou o alvo. Mais tarde, foi a vez de Liedson deixar a sua marca, trocando os olhos a Sidnei, valendo a este a boa defesa de Quim.
O Sporting enfrentou o duelo com impaciência. É verdade que lhe faltam muitas coisas, mas mostrou que não perdeu o orgulho. Saiu com pressa, disposto a marcar o segundo golo antes do primeiro. Mas também revelou inteligência táctica, até na forma como tentou explorar as costas dos laterais do Benfica, que entrou com o seu arsenal todo, incluindo Saviola (esteve em dúvida) e com César Peixoto a defesa-esquerdo. Gerindo bem as saídas rápidas do adversário, o que conseguiu com a pressão de Matías Fernández sobre Javi García, o Sporting passou por dificuldades aos 13’, quando um grande passe de Aimar e o mau posicionamento de Polga permitiram a Cardozo disparar ao lado. Mas só voltou a sentir problemas depois da meia hora, numa incursão de Ramires pela direita.
Foram 45 minutos de futebol interessante e de jogo franco de parte a parte, mas quase sempre sob o signo do leão. Jorge Jesus sentiu o perigo e fez mudanças cirúrgicas no último quarto de hora. Ramires passou para o meio, Aimar derivou para interior direito, recuando Saviola para “10”. O Benfica baixava um pouco as suas linhas e metia mais músculo no miolo. Isso permitiu-lhe passar a dividir melhor a posse de bola e até ameaçar marcar.
O Sporting, que tinha sido obrigado a trocar o lesionado Abel por Pedro Silva, parecia não ter recarregado bem as baterias durante o intervalo. O seu futebol perdeu em fluidez e intensidade e não demorou muito até que David Luiz arrancasse um remate de meia distância que saiu perto. Mas a equipa leonina voltou a reencontrar-se e foi a vez de Quim ser obrigado a uma espectacular defesa que anulou o remate de longe de Miguel Veloso, num dos poucos lances em que este ganhou relevância na nova posição.
O Sporting carregava e Jorge Jesus voltou a responder, trocando Aimar por Ruben Amorim. O jogo de maior risco dos “leões” criou muito espaço para jogar e o Benfica caiu na tentação de também os querer aproveitar, o que ajudou a tornar o jogo sempre vivo e podia ter permitido a Di María marcar, não fosse a defesa de Patrício.
A jogada seguinte do “banco” veio de Carlos Carvalhal, que trocou Fernández pela velocidade de Pereirinha, passando Vukcevic para o meio. O técnico leonino queria mais agressividade no ataque, mas quem esteve mais perto de marcar foi então o Benfica, mas Cardozo e Ramires não acertaram na baliza.
Ficha de jogoSporting, 0
Benfica, 0
Estádio José Alvalade, em Lisboa.
Assistência 45.880 espectadores
Sporting Rui Patrício 6, Abel 4 (Pedro Silva 4, 45’), Polga 7, Daniel Carriço 6, Caneira 6, Adrien Silva 6, João Moutinho 7, Miguel Veloso 5, Vukcevic 6 (Hélder Postiga -, 84’), Matías Fernández 6 (Pereirinha -, 74’) e Liedson 6. Treinador Carlos Carvalhal
Benfica Quim 7, Maxi Pereira 6, Sidnei 6 (Miguel Vítor -, 78’), David Luiz 5, César Peixoto 6, Javi García 5, Ramires 6, Di María 6, Aimar 5 (Ruben Amorim 5, 68’), Saviola 6 (Fábio Coentrão -, 86’) e Cardozo 6. Treinador Jorge Jesus
Árbitro Pedro Proença 5, de Lisboa. Amarelos Polga (29’), Di María (45+2’), Adrien (52’), Miguel Veloso (69’), Javi García (70’) e David Luiz (77’).
Notícia actualizada às 23h59Gerir notificações
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