EMEL quer estacionamento mais caro no centro de Lisboa

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Esudo revela que Lisboa tem os preços mais caros de estacionamento na periferia e os mais baratos no centro Mafalda Melo

“O tarifário existente é profundamente perverso”, afirmou o presidente da EMEL, Júlio de Almeida, ontem, durante a apresentação da visão estratégica da empresa e de um estudo encomendado sobre o tarifário, a produtividade e as opções de evolução da EMEL.

De acordo com as conclusões do estudo, Lisboa tem os preços mais caros de estacionamento (quando comparada com outras cidades europeias) na periferia e os mais baratos no centro da cidade.

“Quanto à tecnologia há também um atraso significativo”, afirmou Júlio de Almeida, lembrando a aposta recente da EMEL na aquisição de novos parquímetros e os novos meios de pagamento.

Nesta área, o responsável revelou estarem em estudo uma adesão ao ‘Lisboa Viva’ e sublinhou que a intenção é no futuro Lisboa ter um cartão único que sirva igualmente como meio de pagamento de estacionamento.

“Temos 600 mil carros a entrar na cidade diariamente e 200 mil lugares para gerir”, lembrou o responsável, sublinhando que, com o fim dos contratos com a autarquia que garantiam sempre cerca de dois milhões de euros, a EMEL terá que “fazer frente a esta diferença e encontrar formas adicionais de receitas”.

Na ocasião, a empresa assinou com a empresa EasyBus um protocolo para o transporte de crianças às escolas. “A ideia é oferecer um produto que recolha as crianças nos parques de estacionamento da periferia, onde os pais podem deixar os carros, e as leve até à escola”, disse Júlio de Almeida, revelando que o serviço deverá entrar em funcionamento ainda este ano.

A visão estratégia da EMEL foi apresentada no terraço do Marcado Chão de Loureiro, um edifício que será transformado num silo automóvel, que terá um supermercado no rés-do-chão, elevadores de acesso ao Castelo e manterá o restaurante no terraço, espaço que sofrerá obras e para o qual será aberto concurso público.