Havia passageiros no voo AF447 com nomes iguais aos de suspeitos de terrorismo, mas autoridades desvalorizam

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O submarino francês "Emeraude" já começou a investigar o fundo do oceano à procura da caixa negra REUTERS

A investigação sobre o acidente tem-se concentrado em questões técnicas porque, como adianta o jornal online “Christian Science Monitor”, as autoridades francesas eliminaram logo de início a hipótese de se ter tratado de um atentado terrorista. Mas, desde então, têm surgido algumas pistas – que podem ser formas de teoria da conspiração ou então verdadeiros indícios de que o que se passou foi algo mais do que acidente.

Um piloto espanhol que voava na mesma rota relatou ter visto “um clarão de luz branca” no céu nessa noite, como se tivesse havido uma explosão. E a Air France, recorda o jornal online, recebeu uma ameaça de bomba nos seus escritórios na Argentina quatro dias antes da queda do voo AF447.

“As listas de nomes de suspeitos de terrorismo são de muito pouca confiança. Lançam uma rede muito larga, e não devemos automaticamente concluir que havia terroristas a bordo so porque apareceram esses nomes na lista de passageiros”, comentou ao “Christian Science Monitor” Andrew Thomas, especialista em segurança aérea da Uniefrsidade de Akron, no Ohio (EUA). “

Já houve um número enorme de casos de identidades trocadas, em especial com nomes muçulmanos”. A “L’Express” levantava também a hipótese de se tratarem apenas de nomes semelhantes (que não foram revelados): “A identificação está incompleta, falta conhecer a data de nascimento dos suspeitos.”

Um submarino nuclear francês chegou hoje ao local onde estão a ser recolhidos destroços e cadáveres resultantes da queda do avião, que levava 288 pessoas a bordo. O “Emeraude” está equipado com um sonar avançado, que vai procurar as caixas negras do avião, que ajudarão a explicar o que se terá passado com o Airbus 330.

Mas será uma tarefa morosa, avisou o porta-voz da Marinha francesa Christophe Prazuck, citado pela Reuters: “Até agora, a escala de tempo para procurar vítimas e destroços tem sido de dias ou semanas. Neste caso, a escala será de semanas ou meses”.

Prazuck recordou que foram precisas duas semanas para localizar as caixas negras do Boeing 737 que caiu em Sharm el-Sheikh, no Egipo, em 2004, apesar de as condições serem mais favoráveis. “Esse avião despenhou-se muito perto da costa, não havia dúvida alguma sobre o local onde tinha caído e levámos 15 dias a encontrar as caixas negras. Agora, o acidente ocorreu a mil quilómetros da costa. A situação é muito mais complexa”.

O “Emeraude” vai investigar uma área de 36 quilómetros quadrados todos os dias. Se forem encontrados os registos, serão lançados pequenos submersíveis a partir do navio de exploração científica francês “Porquoi Pas”, para tentar chegar aos destroços. O mar ali atinge profundidades na ordem dos 4000 metros.

Até agora, a Marinha do Brasil conseguiu recuperar 41 corpos.

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